Autor: Felipe Pena
Páginas: 180
Editora: Primavera Editorial
Livro recebido em parceria com a editora
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Não sei se vocês sabem, mas sou fascinada por crônicas. E um livro que chamou a minha atenção foi este, citado logo no título, escrito por Felipe Pena. Eu nunca tinha lido nada dele e sobre ele. Mas tudo tem a sua primeira vez, né?
Formado como jornalista, psicólogo e professor da Universidade Federal Fluminense, além de ser Doutor em Literatura pela PUC, com pós-doutorado em Semiologia da Imagem pela Universidade de Paris/Sorbonne III, Felipe Pena escreve de uma maneira que prende o leitor nos detalhes de cada crônica. Beijo na testa é pior do que separação: crônicas do fim de tudo é dividido em subtítulos que relatam situações embaraçosas quando chegam ao seu fim.
As frases não ditas são eternas.
Era estranho pensar como tudo o que representava tanto valor poucos minutos antes agora não passava de névoa, espuma de chuveiro, pó.
Deslizou o corpo pelo sofá, segurando no braço, para não cair.
Olhou reto, certeira, nos olhos dele. Uma lágrima insistia em romper o bloqueio emocional, mas ela a segurou, refez o dique. Enxugou o canto, discretamente, dilatando a pupila para disfarçar. Ele se aproximou, curvou o corpo, tentou beijá-la na testa, mas ela o afastou. Beijo na testa era pior do que separação.
A princípio, jurei que seria um livro que falasse de amor. Mas me enganei. Além de amor - por quê não? - a obra é um conjunto de histórias entrelaçadas em saudades, em metáforas, em gírias, o jornalismo escancarado e a ironia nas entrelinhas; além de citações musicais e de pensamentos de alguns poetas também.
A leitura ocorre de uma forma agradável. E você, caro leitor, não precisa se preocupar caso acredite que neste livro você perderá o fio da meada ao começar a ler a primeira página hoje, e ler uma próxima daqui alguns dias. Cada crônica é uma crônica diferente. Uma ou outra aborda o mesmo assunto, mas a intenção de Felipe, até então, é te fazer perceber, entre as linhas, o envolvimento do fim e a sua relação ao imaginar o (re)começo de cada crônica. Por quê não? A dica está dada. Boa leitura!
bati o olho nesse livro e sinceramente leria só por causa do título Não costumo ler crônicas mas como disse sempre tem a primeira vez né?
ResponderExcluirlendocomela.blogspot.com
Não tenho um hábito de ler livros de crônicas, mas esse aparenta ser diferenciado e por isso despertou meu interesse. Da pra sentir que ele tem proposta de histórias ficcionais bem reais. Parabéns pela resenha!
ResponderExcluirVisite: Cantina do Livro
Cara...você gostou desse livro? o.O
ResponderExcluirEu li há um tempo atrás e ele foi parar na minha famosa pilha de livros que irão para a fogueira da tia Nat! hahahahahahaha
Fazer o quê, né? Gosto não se discute...