Zália é uma adolescente quase normal: está no último ano da escola, tem amigos super legais e é a princesa de Galdino. As coisas vão extremamente bem com Zália — que sonha em ser fotógrafa —, até que seu irmão, o príncipe regente, sofre um atentado. Assim, a protagonista se vê obrigada a assumir um cargo que nunca desejou, e sem um pingo de preparo, para dar continuidade ao governo do pai.
Ser princesa regente nunca foi o desejo de Zália, pois nunca pensou em abrir mão dos próprios desejos para governar um país inteiro. Ainda assim, ela já se mostra uma pessoa formidável quando percebe que essa é a única opção segura para o povo. Porém, a princesa possui ideais completamente opostos ao do pai, que sempre coloca defeito em tudo o que ela faz e tenta diminuí-la de todas as formas possíveis. Eu não consigo calcular a raiva que senti do rei, principalmente pelo fato de ele não entender que, antes de qualquer coisa, ele é pai de uma pessoa como qualquer outra.
Para início de conversa, Zália seria apenas um peão na mão do rei. Mas não é exatamente isso que acontece. Depois de estudar um pouco e se envolver com algumas questões políticas, a princesa regente percebe que há muita coisa errada no reino e decide investigar, chegando ao ponto de questionar algumas atitudes do pai. A medida que as páginas passam, a gente vai ligando os pontos, vendo que algumas contas não batem e o pior é que ninguém no castelo parece 100% confiável.
Não bastasse a preocupação com o Reino, Zália ainda tem que lidar com seu novo guarda-costas, uma antiga paixão que nunca foi esquecida, e o seu novo professor particular que demonstra ter outros tipos de interesse por ela. O triângulo amoroso não é o foco da história e não é exatamente incômodo, mas não posso falar que faria falta caso não existisse. Enzo, apesar de parecer um cara legal, não é muito bem desenvolvido a ponto de fazer a gente torcer por ele. Por outro lado, Antonio é o próprio príncipe encantado, tão perfeito que é impossível não ficar com a pulga atrás da orelha.
O tema central do livro com certeza é o ponto alto da leitura: a corrupção em um governo que parece perfeito. É impossível ler O Reino de Zália sem se lembrar de toda a sujeira do nosso próprio país. Segundo a própria autora, a monarquia ajudaria a alfinetar todas as coisas erradas que acontecem por aqui. Luly Trigo inclusive uma Resistência maravilhosa para contrapor o governo e lutar contra ele. É ou não é pertinente, levando em conta todas as coisas que estamos vivendo aqui no Brasil?
Há muitas discussões sobre política, de uma forma bem clara e interessante — o que eu achei extremamente válido e importante, principalmente se levarmos em conta o público alvo, adolescentes, que não têm lá muito interesse sobre o assunto. Além disso, Trigo aborda assuntos como desigualdade social, força feminina e problemas familiares de uma forma muito bacana. Eu realmente gostei muito de como as mulheres têm papéis muito importantes em O Reino de Zália, e não estou falando só do fato de a protagonista ser detentora do poder maior.
Além da própria Zália, a personagem que eu mais gostei foi, de longe, a Mariah, a professora particular da menina. Gente, que exemplo de mulher! Inteligentíssima, super comprometida com sua profissão e uma militante incrível, sempre ao lado do povo. Os melhores amigos de Zália também são muito legais: Gil, Julia e Bianca dão um toque a mais na história, mostrando que amigos são muito importantes, principalmente nas horas mais difíceis.
Tirando o fato de todos os problemas da monarquia serem resolvidos de uma forma simples e bem rápida — o que a gente sabe que é impossível acontecer de uma hora para outra —, eu gostei muito da mensagem de esperança que Luly Trigo quis passar com Zália: uma pessoa realmente disposta a consertar os erros e fazer o melhor, e o melhor de tudo, do mesmo lado do povo.
Ser princesa regente nunca foi o desejo de Zália, pois nunca pensou em abrir mão dos próprios desejos para governar um país inteiro. Ainda assim, ela já se mostra uma pessoa formidável quando percebe que essa é a única opção segura para o povo. Porém, a princesa possui ideais completamente opostos ao do pai, que sempre coloca defeito em tudo o que ela faz e tenta diminuí-la de todas as formas possíveis. Eu não consigo calcular a raiva que senti do rei, principalmente pelo fato de ele não entender que, antes de qualquer coisa, ele é pai de uma pessoa como qualquer outra.
Para início de conversa, Zália seria apenas um peão na mão do rei. Mas não é exatamente isso que acontece. Depois de estudar um pouco e se envolver com algumas questões políticas, a princesa regente percebe que há muita coisa errada no reino e decide investigar, chegando ao ponto de questionar algumas atitudes do pai. A medida que as páginas passam, a gente vai ligando os pontos, vendo que algumas contas não batem e o pior é que ninguém no castelo parece 100% confiável.
Garantia dos direitos humanos, condições mínimas para todos, uma saúde pública mais eficaz, escolas públicas de qualidade, asilos e presídios melhores. Você sabe o que estão pedindo nos protestos. É exatamente o que a resistência quer.
Não bastasse a preocupação com o Reino, Zália ainda tem que lidar com seu novo guarda-costas, uma antiga paixão que nunca foi esquecida, e o seu novo professor particular que demonstra ter outros tipos de interesse por ela. O triângulo amoroso não é o foco da história e não é exatamente incômodo, mas não posso falar que faria falta caso não existisse. Enzo, apesar de parecer um cara legal, não é muito bem desenvolvido a ponto de fazer a gente torcer por ele. Por outro lado, Antonio é o próprio príncipe encantado, tão perfeito que é impossível não ficar com a pulga atrás da orelha.
O tema central do livro com certeza é o ponto alto da leitura: a corrupção em um governo que parece perfeito. É impossível ler O Reino de Zália sem se lembrar de toda a sujeira do nosso próprio país. Segundo a própria autora, a monarquia ajudaria a alfinetar todas as coisas erradas que acontecem por aqui. Luly Trigo inclusive uma Resistência maravilhosa para contrapor o governo e lutar contra ele. É ou não é pertinente, levando em conta todas as coisas que estamos vivendo aqui no Brasil?
Há muitas discussões sobre política, de uma forma bem clara e interessante — o que eu achei extremamente válido e importante, principalmente se levarmos em conta o público alvo, adolescentes, que não têm lá muito interesse sobre o assunto. Além disso, Trigo aborda assuntos como desigualdade social, força feminina e problemas familiares de uma forma muito bacana. Eu realmente gostei muito de como as mulheres têm papéis muito importantes em O Reino de Zália, e não estou falando só do fato de a protagonista ser detentora do poder maior.
Além da própria Zália, a personagem que eu mais gostei foi, de longe, a Mariah, a professora particular da menina. Gente, que exemplo de mulher! Inteligentíssima, super comprometida com sua profissão e uma militante incrível, sempre ao lado do povo. Os melhores amigos de Zália também são muito legais: Gil, Julia e Bianca dão um toque a mais na história, mostrando que amigos são muito importantes, principalmente nas horas mais difíceis.
Tirando o fato de todos os problemas da monarquia serem resolvidos de uma forma simples e bem rápida — o que a gente sabe que é impossível acontecer de uma hora para outra —, eu gostei muito da mensagem de esperança que Luly Trigo quis passar com Zália: uma pessoa realmente disposta a consertar os erros e fazer o melhor, e o melhor de tudo, do mesmo lado do povo.
Título Original: O Reino de Zália
Autora: Luly Trigo
Páginas: 436
Editora: Seguinte
Livro recebido em parceria com a editora
Acho extremamente importante colocar essa temática de política, ainda que na forma de monarquia, corrupção, lutar pelo que é o certo, falar sobre A força da mulher em um livro YA e nacional, especialmente no atual momento.
ResponderExcluirQue bom também que há romance na dose certa sem perder o foque principal do Livro.
Simplesmente incrível!! Adorei como a autora conseguiu tornar Zália uma protagonista tão forte e com princípios tão bons.
ResponderExcluirEu também achei bem interessante a forma como ela trabalha a política na história. No cenário que vivemos hoje, é muito importante que as histórias voltadas para o público adolescente tratem de assuntos no qual eles não possuem tanto interesse, e que desperte esse interesse neles. Já que a história é baseada em uma fantasia.
Vale mesmo a pena ler. Já vai para minha lista!!
Adorei a resenha.
Bjos
Ai, eu achei sensacional por isso mesmo. Os jovens não são muito interessados em História mesmo e esse tipo de livro pode ajudar nisso.
ExcluirEspero que você goste quando ler!
Nestes tempos pós eleições, onde os ânimos ainda estão exaltados, bom ter e ler uma obra assim!Que não só traz uma protagonista totalmente despreparada, que não quer o poder, mas que do dia para a noite, se sente na obrigação de defender o seu povo e consertar tantos erros.
ResponderExcluirBem que aqui poderia ser assim também!rs #sqn!
Adorei a capa deste livro desde que o vi pela primeira vez e mesmo com esse "defeitinho" de ter soluções bem rápidas para o problema,quero muito poder conferir sim!
Beijo
Que acaba chamando atenção pelo nosso cenário isso chama mesmo. Achei interessante falar de corrupção num governo assim porque meio que passa aquela ideia de fantasia mas de realidade também né? Essas coisas acontecendo por aqui e você ter um livro assim acaba interessando e não ser aquela coisa do tema mais chato, de falar pra um publico mais novo é legal. Força feminina é outro ponto que adoro. Só esse negócio das coisas se resolverem fácil que pode ser um tanto chatinho, mas dependendo de tudo dá pra relevar, pela mensagem e tudo que o livro passe. Parece ser bom.
ResponderExcluirNão tive interesse quando vi o lançamento desse livro; a capa me pareceu de um livro mais juvenil.
ResponderExcluirGosto de histórias de príncipes e princesas , mas acho que isso não é o bastante para mim.
O único ponto que me chamou atenção foi a questão política, muito bom a Luly fazer essas críticas e abordar essa toda essa sujeira que há nesse meio.
Beijos
Amei a capa justamente pelo fato de que Zália não lembra nada, nadica de nada uma princesa (Amei!) assim que comecei a ler a resenha já amei imediatamente, Zália parece ser aquele tipo de personagens realista na medida do possível, e olha que chique um Guarda-costas (que ainda por cima é uma amor do passado? Que tudo!kkkk) mas que pena que o romance não é tão o centro assim do livro, seria um pouco clichê,mas seria interessante, concordo não tem como nem ver ou ouvir a palavra governo sem olha para o nosso país (uma tristeza)! Também acredito que o papel da mulher na sociedade é tão importante quanto falar sobre política, discriminação, igualdade ou lutar por aquilo que se sabe ser o certo.
ResponderExcluirOlá, Ana
ResponderExcluirAdorei a resenha!
Gostei muito da premissa do livro e da proposta da autora de alfinetar o governo, as pessoas sobre o que acontece no nosso país.
A capa é maravilhosa, colorida e passa realmente a impressão de uma moça que nem se preocupa com nada. Depois se torna uma personagem forte, batalhadora para mudar e lutar pelo seu povo.
Beijos
Oi Ana,
ResponderExcluirSabe que pensei exatamente no público alvo do livro, não nego que política também não é meu forte em leitura, mas na atual situação, é importante compreender o que anda acontecendo, e que bom que a história soube mostrar um pouco dessa corrupção escondida, que digamos ser bem real, e até mais explícita.
Achei que a história tem um enredo bem parecido com outros livros juvenis, principalmente no quesito do rei não aceitar as decisões da filha, mas não é nada que me incomode.
Beijos
A verdade é que ler sobre política em si, apesar de ser importante, acaba sendo tedioso, né? Por isso que eu gosto de livros literários que mostram a realidade, mesmo que nas entrelinhas.
ExcluirAna!
ResponderExcluirEstamos em época que livros como esse que trazem à luz, problemas séries governamentais e faz uma analogia com o poder de ter o poder nas mãos, principalmente de uma adolescente, achei muito criativo e com toda ccerteza faz o leitor parar para pensar ou repensar...
Desejo uma ótima semana!
“Para cada minuto que você se aborrece você perde sessenta segundos de felicidade.” (Ralph Waldo Emerson)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA NOVEMBRO - 5 GANHADORES – BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Oi Ana!
ResponderExcluirTô namorando esse livro faz um tempinho, como eu não tinha lido nenhuma resenha sobre ele fiquei com o pé atrás de ler, mas, agora já conhecendo um pouco mais sobre ele, quero ler em breve.
Gosto mto de livros do gênero então, creio que vou curtir a leitura.
Bjs!
Oi, Ana!!
ResponderExcluirAchei bem interessante a história, pois teve ter sido difícil para Zália assumir um cargo que não queria e não tinha preparo nenhum, e ainda mais por ser contra a forma de governo do pai. Estou bem curiosa para saber mais sobre essa história, e gostei demais da indicação.
Bjos
É muito importante inserir temas importantes e que precisam ser discutidos em um enredo interessante, de forma que não fique pesado demais, tendo em vista que é um livro adolescente. A Zália parece ser uma personagem bem interessante, sabemos bem que abrir mãos dos sonhos e ainda se opor a atitudes do rei não deve ser nada fácil.
ResponderExcluirEvandro
Gostei da forma com a qual livrar trabalhado mesmo abordando temas interessantes ele tem uma linguagem mais acessível ao público-alvo Isso é realmente algo bem interessante e a protagonista tem cara de ser uma das protagonistas que é dona de si próprio
ResponderExcluirFiquei com muita vontade de ler!
ResponderExcluirParece ser ótimo, bem escrito e bem desenvolvido, e com temas mais que atuais.
A Zália me lembrou bastante a America de A Seleção, será que ela é fofa e forte daquele jeito também? kkkk
Quero ler sim!
bjs