Provavelmente quem acompanha o Roendo Livros há mais tempo, sabe que eu sou superfã dos Beatles. Então, estaria mentindo se disse que a primeira coisa que chamou minha atenção para este livro não foi a capa ou até mesmo o nome da protagonista: Joan Lennon. A menininha de dez anos carrega uma condição genética extremamente rara que faz com que seus portadores tenham uma memória autobiográfica infinitamente acima da média.
Apesar de amar todos os Beatles, Joan tem um carinho muito maior pelo John Lennon, e o seu maior sonho é ser lembrada assim como ele. Na realidade, justamente por ter uma memória tão incrível e não conseguir esquecer ninguém, Joan morre de medo de ser esquecida. Assim, com a ajuda de Gavin — um amigo dos seus pais da época da faculdade & um homem que está tentando superar a morte do marido —, Joan pretende compor a melhor música do Universo para ganhar um concurso cultural e, dessa forma, nunca ser esquecida.
A melhor coisa desse livro é a amizade que surge entre Joan e Gavin, principalmente se levarmos em conta a diferença de idade entre eles. Os capítulos são alternados entre os dois, então sabemos que no início o homem só queria escutar as lembranças que a menina tem sobre o seu esposo, Sidney, mas não foi preciso muito tempo para que eles criassem um vínculo muito bonito. Também puderas, é impossível não se apaixonar por Joan! Ela é muito fofa e daquele tipo de personagem que é engraçado sem saber que é engraçado, o que eu adoro!
Foi muito interessante descobrir, junto com Gavin, alguns segredos de Sidney. Eu conseguia sentir a angústia dele e é isso que torna um livro muito bom, sentir pelo personagem. Acredito que Gavin não teria conseguido seguir em frente sem Joan. A presença dela em sua vida foi um divisor de águas em sua própria história. Abriu os olhos dele — e os meus também — sobre a importância de não seguirmos sozinhos, de termos amigos e uma família que nos apoie.
Outra coisa muito boa, principalmente para quem gosta de música, é que existem várias referências musicais muito boa, não só os Beatles — apesar de, é claro, eles serem os artistas que dominam essa história. Justamente por causa desse enredo, a história acaba não sendo do tipo que possui muitas reviravoltas, ela segue uma cadência. Mas não se enganem achando que vão ler uma história morna e sem graça, porque Val Emmich soube escrever tudo de forma que funcionasse maravilhosamente bem.
Depois de ter terminado a leitura fui conversar com o meu namorado e ele me perguntou quais são os prós e os contras de nunca esquecer. Eu até pensei um pouquinho, mas é basicamente isso: os prós e os contras é que você nunca esquece. Guarda todas as coisas boas, mas também guarda todas as coisas ruins. Deve ser um fardo um pouco difícil de carregar. Aí entra o Gavin, por exemplo, que perdeu a pessoa amada e, apesar de não ter uma supermemória, tudo que ele faz ou vê remete ao Sidney. Acredito que tudo isso é uma reflexão sobre a importância das lembranças para nós, sejam elas boas ou ruins.
Os Prós e os Contras de Nunca Esquecer é tão bonitinho, mas tão bonitinho que ao mesmo tempo que eu queria terminar, eu não queria. Fazia muito tempo que não lia uma história tão entrosante e fluida, em que eu sentisse que estava lendo a coisa certa. No final das contras, Joan conseguiu o que queria: nunca vou esquecê-la.
As pessoas têm um monte de motivos para não se lembrar das coisas. Elas culpam a falta de energia, os ouvidos que não escutam direito, ou simplesmente estarem ocupadas, velhas ou cansadas demais. Mas, na verdade, é só porque elas não têm espaço suficiente em suas caixas.
A melhor coisa desse livro é a amizade que surge entre Joan e Gavin, principalmente se levarmos em conta a diferença de idade entre eles. Os capítulos são alternados entre os dois, então sabemos que no início o homem só queria escutar as lembranças que a menina tem sobre o seu esposo, Sidney, mas não foi preciso muito tempo para que eles criassem um vínculo muito bonito. Também puderas, é impossível não se apaixonar por Joan! Ela é muito fofa e daquele tipo de personagem que é engraçado sem saber que é engraçado, o que eu adoro!
Foi muito interessante descobrir, junto com Gavin, alguns segredos de Sidney. Eu conseguia sentir a angústia dele e é isso que torna um livro muito bom, sentir pelo personagem. Acredito que Gavin não teria conseguido seguir em frente sem Joan. A presença dela em sua vida foi um divisor de águas em sua própria história. Abriu os olhos dele — e os meus também — sobre a importância de não seguirmos sozinhos, de termos amigos e uma família que nos apoie.
Outra coisa muito boa, principalmente para quem gosta de música, é que existem várias referências musicais muito boa, não só os Beatles — apesar de, é claro, eles serem os artistas que dominam essa história. Justamente por causa desse enredo, a história acaba não sendo do tipo que possui muitas reviravoltas, ela segue uma cadência. Mas não se enganem achando que vão ler uma história morna e sem graça, porque Val Emmich soube escrever tudo de forma que funcionasse maravilhosamente bem.
Eu queria que houvesse uma maneira de saber que estamos vendo alguém pela última vez. Assim poderíamos prestar ainda mais atenção na pessoa quando isso estivesse acontecendo.
Depois de ter terminado a leitura fui conversar com o meu namorado e ele me perguntou quais são os prós e os contras de nunca esquecer. Eu até pensei um pouquinho, mas é basicamente isso: os prós e os contras é que você nunca esquece. Guarda todas as coisas boas, mas também guarda todas as coisas ruins. Deve ser um fardo um pouco difícil de carregar. Aí entra o Gavin, por exemplo, que perdeu a pessoa amada e, apesar de não ter uma supermemória, tudo que ele faz ou vê remete ao Sidney. Acredito que tudo isso é uma reflexão sobre a importância das lembranças para nós, sejam elas boas ou ruins.
Os Prós e os Contras de Nunca Esquecer é tão bonitinho, mas tão bonitinho que ao mesmo tempo que eu queria terminar, eu não queria. Fazia muito tempo que não lia uma história tão entrosante e fluida, em que eu sentisse que estava lendo a coisa certa. No final das contras, Joan conseguiu o que queria: nunca vou esquecê-la.
Título Original: The Reminders
Autor: Val Emmich
Páginas: 320
Tradução: Carolina Selvatici
Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora
Achei bem interessante o jeito dessa história e parece que ela agrada mesmo no fim das contas. Essa reflexão sobre as lembranças e o que a gente esquece é uma coisa muito legal também e que me chamou atenção, tanto pela história da garota quanto por como faz a gente refletir no que nós mesmos guardamos. Não ter lá muitas reviravoltas e essas coisas não parece incomodar tanto porque o livro acaba deixando um clima bom. Os capítulos com cada personagem, a amizade deles, os segredos que podem vir a tona...tem bastante coisa boa aí e que já gostei. Queria ler. Parece muito bom ^^
ResponderExcluirO título do livro foi o que primeiro me chamou a atenção! Prós e Contras! Esquecer e lembrar de tudo! Quase uma questão filosófica!
ResponderExcluirJoan que de tudo lembra mas que teme ser esquecida se une ao homem de coração partido que deseja esquecer. Que dupla! Que intenso! E que reflexões a leitura deve trazer ao leitor!
E como bônus trechos das canções dos Beatles
Já amei. É já foi pra wishlist, Ana!
ANA!
ResponderExcluirLembrei de uma série de tv chamada Unforgettable, onde a protagonista também se lembrava de tudo, é uma ‘doença’, mas confesso que acho bem interessante.
E por falar em interessante, achei a premissa do livro sensacional. A busca de não querer ser esquecida, a procura de sobreviver a um amor perdido e ainda, a maneira de que não podemos viver sós, temos de estar em grupo e nos sentirmos aceitos e amados.
CHEIRINHOS
RUDY
Praticamente todos os dias eu agradeço minha memória falha..rs Sei lá, não guardar muita coisa na cabeça deixa a vida mais leve, mais gostosa. Revejo filmes o tempo todo, sempre com cenas que já havia esquecido. Releio livros que já me perdi no enredo faz tempo...rs
ResponderExcluirPor isso, quando li a primeira resenha deste livro fiquei encantada com o enredo. O nunca esquecer e o nem sempre se lembrar ou seria sempre se lembrar?
Outro ponto importante, a referência musical!! E que referência! Até no nome e capa(amo Beatles)
Por isso, quero demais poder conferir este livro o quanto antes!
Beijo
Ana, que resenha mais linda!
ResponderExcluirEsse livro vai para a lista já.
Lembro que não me chamou atenção quando foi lançado, mas agora percebo que é uma história que aquece o coração.
Beijos
Que história incrível!! Me apaixonei pelo livro antes mesmo de ler rsrs
ResponderExcluirAcho que o maior medo das pessoas é de serem esquecidas. E esse livro parece retratar isso muito bem.
E, gostei de saber que a narrativa é feita por dois personagens. Isso traz uma dinâmica melhor à história. Faz com que conheçamos um lado diferente de cada um.
Achei lindo esse sentimento paterno que foi despertado em Gavin.
Amei a capa também 😍😍💖💖
Adorei a resenha!!
Bjos
Então você vai se apaixonar ainda mais quando tiver contato com o livro, ahaha!
ExcluirSim, livros narrados por mais de um protagonista nos dão uma visão melhor da história, é bem legal. Acho que você vai gostar bastante!
Oi Ana,
ResponderExcluirEu, ao contrário de você, nunca fui muito fã dos Beatles, mas isso nunca me impediu de curtir algumas de suas músicas e me interessar pela história da banda. Claro que ter uma das bandas de maior sucesso da história mundial como tema em um livro chama atenção, mas é o título e a condição da protagonista que, realmente, me deixaram interessada na leitura. O livro tem aquele tipo de história onde o grande ponto são os sentimentos e as relações entre os personagens. Uma linda amizade que surge de uma forma bem improvável e em um momento tão delicado aliada a determinação de uma garotinha em não se deixar cair nos esquecimento funciona muito bem para este enredo e, honestamente, o tipo de leitura que muitas vezes procuro para ler (algo leve, mas que ao mesmo tempo me faça refletir). Não ser capaz de esquecer as coisas é algo que já desejei muitas vezes, mas sempre que algo dá errado o que mais quero é que aquilo desapareça de minhas memórias. Eu já tinha uma ideia sobre o tema do livro, mas foi muito bom ler essa resenha, pois agora sei que essa história é muito mais do que aparenta.
Essa protagonista é simplesmente um arraso. Isso mesmo, o auge desse livro é a relação entre Joan e Gavin, muito emocionante! Acho que eu não tenho muita vontade de ter uma condição como a de Joan. Acho que a gente tem que viver o presente, e ficar relembrando o passado dessa forma talvez seja um pouco complicado em alguns aspectos. Enfim.
ExcluirOlá, Ana
ResponderExcluirGosto dos Beatles, mas não sou tão fã assim. Ouço algumas músicas deles.
Só de ler sua resenha até eu quero guardar Joan numa caixinha para nunca esquecer. Deve ser uma leitura que nos proporciona várias sensações ao mesmo tempo.
Quero muito poder ler o livro amei o enredo da amizade de uma menina com um homem, nos mostrando que podemos muito aprender com as crianças.
Beijos
Olá Ana! Nossa que livro interessante, essa é primeira resenha que leio dele só já tinha visto capa de sinopse, agora fiquei mega curiosa em conferi isso tudo que foi dito aqui.
ResponderExcluirBjs
Gostei muito da sua resenha e de outras duas dele que li.
ResponderExcluirParece ser um livro bem divertido, fofo e que nos faz refletir.
além dessa referência maravilinda aos Beatles.
Já querooooo!
bjs
Oi, Ana!!
ResponderExcluirAdorei conhecer um pouco da Joan Lennon, amei a história e também sou apaixonada pelos Beatles. E que amizade mais linda é essa entre o Gavin e Joan. E gosto muito quando os livros tem referências musicais ou uma playlist.
Bjos