Autora: Audrey Niffenegger
Páginas: 496
Tradutora: Adalgisa Campos da Silva
Editora: Suma de Letras
Em uma visita rotineira à livraria da minha cidade, dei de cara com esse livro e logo quis tê-lo em minha coleção. Mas desisti depois de olhar o preço: 48 reais que não teria nem aqui, nem na China. Eis que um dia minha amada (e odiada) Submarino entra em promoção e consigo comprá-lo por lindos 20 reais, incluindo o frete.
A Mulher do Viajante no Tempo conta a história de Henry que, aos cinco anos, descobre que sofre de um distúrbio genético muito complexo. Ele viaja entre seu passado e futuro e, já bastasse isso, não é uma coisa que ele pode controlar: Henry não tem a mínima ideia sobre como, quando e para onde irá viajar. A única coisa que ele sabe é que esses "pulos" ocorrem sempre em momentos de emoções muito fortes.
O tempo é precioso, mas é gratuito. Você pode possuí-lo, você pode usa-lo. Você pode gasta-lo. Mas você não pode mantê-lo. Uma vez que você o perdeu nunca poderá recupera-lo.
Em uma dessas viagens, Henry conhece Clare. Porém, a menina é apenas uma criança quando ela o vê pela primeira vez. Temos que levar em consideração que Henry já a conhece em seu futuro. Por isso afirmo que esse livro é difícil, ao menos no começo. Muitas vezes me confundia com a narração que vai e volta na vida do protagonista.
Além de ser difícil, o livro tem uma carga emocional muito forte. Ora narrado por Clare, ora narrado por Henry, vemos como os dois lidam com o distúrbio dele e como sofrem com isso, mas acima de tudo, vemos como eles superam todo esse problema em nome do amor. Muitas vezes tive que segurar minhas lágrimas porque estava lendo em público.
Nosso amor foi o fio no labirinto, a rede embaixo de quem caminha na corda bamba, a única coisa verdadeira e confiável nessa minha vida estranha. Esta noite, sinto que meu amor por você tem mais densidade neste mundo do que eu mesmo tenho.
Confesso que nunca havia lido um romance tão original e tão bonito em toda a minha vida literária. O enredo é perfeito, os personagens são perfeitos e, ao final da leitura, fiquei suspirando de tão apaixonada. E o mais engraçado é que, assim que ele chegou, tentei ler mas não consegui. A leitura só engatou mesmo na segunda vez, quando estava mais "tranquila", digamos assim.
Um fato bem interessante que acontece durante a história são os encontros que o Henry tem com ele mesmo durante suas viagens. Parece complicado falando assim, mas a autora mostra isso de uma forma brilhante.
Um livro denso e fantástico. Devorei cada página, sofri com os protagonistas, me apeguei a cada ponto da história e senti meu coração se partir quando terminei a leitura. Isso sem contar uma ressaca literária terrível que durou quase duas semanas. Virou favorito antes mesmo de fechá-lo.
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