Autora: Sarah Jio
Páginas: 336
Tradução: Rafael Gustavo Spigel
Editora: Novo Conceito
Livro recebido em parceria com a editora
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Desde que eu li As Violetas de Março, da mesma autora, decidi que leria todas as outras obras publicadas por ela. Assim como em seu livro anterior, Neve na Primavera me fisgou desde o início, tanto que das suas 336 páginas, aproximadamente 300 foram lidas em menos de cinco horas. Gosto bastante da forma com que Sarah Jio mostra personagens totalmente diferentes, mas consegue deixar rastros em comum nas histórias.
Nessa obra, a autora intercala a história de duas personagens: Vera Ray, que vivia em Seattle na década de 30 e Claire Aldridge, que vive na mesma cidade, porém no presente. A ligação entre as duas já se mostra presente com o Inverno das Amoras-Pretas, onde ocorre uma nevasca fora de época. Tal fenômeno ocorreu na Seattle de Vera no dia 02 de maio de 1933 e volta a aparecer no dia 02 de maio de 2010.
Claire, que é jornalista, recebe a tarefa de escrever uma matéria sobre a coincidência desses fatos e depois de algumas pesquisas descobre algo muito interessante: em 1933, durante a nevasca, Daniel Ray desaparece e nunca mais é encontrado. Claire fica tão obcecada pela história de Vera e Daniel que não descansa até encontrar a solução do caso.
Às vezes você tem que se arriscar, principalmente quando isso o faz feliz.
Como a narrativa é feita sobre o ponto de vista das duas mulheres, acabamos percebendo o quanto são parecidas. As duas possuem a personalidade muito forte, lutam por aquilo que desejam e, principalmente, ambas são marcadas por uma perda terrível, que é o ponto central tanto da história de Vera quanto de Claire. Sarah Jio conseguiu, mais uma vez, me trazer para dentro da história, já que a ansiedade para desvendar todos os mistérios do sumiço de Daniel me consumia a cada página.
Algo que me deixou bastante entusiasmada durante a leitura foi encontrar a querida Emily Taylor, personagem de As Violetas de Março, nessa história. Claire e Emily foram amigas durante os tempos de faculdade e conseguiram manter o contato depois de se formarem. É claro que o aparecimento dela não tem um peso real nas histórias de Vera e Claire, mas foi uma delícia ver o que o futuro reservou para Emily e é um detalhe super chamativo para quem gostou de As Violetas de Março.
Neve na Primavera, apesar de ser uma história de superação e amor, também mostra o quanto as pessoas podem ser perversas quando desejam destruir algo. Mas, acima de tudo, ao mesmo tempo que passa para o leitor o que é uma perda e o quão dolorosa ela pode ser, prova uma coisa que todos nós já sabemos: uma mãe é capaz de fazer qualquer coisa pelo seu filho.
Essa resenha me deu vontade de ler o livro!!!
ResponderExcluirOi Babi!
ExcluirObrigada por ler.
Espero que leia o livro, sim!
Beijo!