Autora: A. J. Betts
Páginas: 288
Tradução: Sylvio Monteiro Deutsch
Editora: Novo Conceito
Livro recebido em parceria com a editora
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Confesso: eu adoro um bom sick-lit de vez em quando. O problema é que, assim como muitos outros, esse gênero está bastante saturado, é muito difícil encontrar uma coisa nova. Justamente por isso comecei a ler Zac & Mia despretensiosamente, em partes porque já imaginava o que eu encontraria e porque eu não queria me decepcionar. A obra é uma gracinha. Não é cheia de floreios, tem aqueles clichês que a gente já conhece, mas é diferente de todos os outros sick-lits que já li.
Zac é um adolescente de 17 (quase 18) anos que está enfrentando a leucemia pela segunda vez. A quimioterapia não adiantou muito, então os médicos resolveram apelar para um transplante de medula óssea e por isso Zac teria que ficar bastante tempo no hospital, sem nem pode sair do quarto. Vocês conseguem imaginar que sacrilégio seria ficar preso por tanto tempo em um quarto, mesmo com a companhia da mãe? O livro começa com Zac narrando um desses fatídicos dias até que uma garota se muda para o quarto ao lado, onde apenas seis centímetros de parede, aproximadamente, os separam.
Mia é a típica garota rebelde e mal-humorada que pensa apenas em beleza e popularidade e, acreditem ou não, tudo isso piora quando ela descobre um tumor em seu tornozelo (osteossarcoma, se não me falha a memória... Me corrijam se eu estiver errada). Em sua estadia no hospital, briga com sua mãe o tempo inteiro e seu pior pesadelo é fazer a quimioterapia e ficar careca. Nem preciso mencionar o tanto que as atitudes dela me irritaram, né? Como era de se esperar, Zac e Mia acabam criando uma amizade (muito estranha, mas ainda assim importante).
Talvez a coragem seja apenas isto: atos impulsivos em um momento em que sua cabeça grita não, mas seu corpo vai em frente assim mesmo. (pág. 221)
Eu gostei muito da história, mas seria falsa em dizer que não existem pontos negativos. Na verdade, existem até muitos. A começar pela personagem feminina. Enquanto Zac tenta de toda forma lutar contra o câncer, tenta ser forte e feliz apesar dos pesares, Mia só reclama e faz malcriações o tempo inteiro. Grita com a mãe que só tenta ajudá-la, é grossa com a enfermeira que é um amor, fica se fazendo de coitadinha o tempo inteiro e isso é o que eu mais detesto em qualquer personagem. Ok, ela tem câncer e eu imagino que não é fácil. É normal ficar triste, mas também é normal querer lutar para melhorar!
A parte positiva é que ela vai mudando no decorrer da história. Antes de descobrir o câncer, Mia era aquele tipo de menina que tinha as amigas mais populares (e é claro que era a líder do grupinho), fazia escândalo por causa de uma espinha, namorava um cara super gato. Eu nem preciso dizer que ele a deixou quando ela ficou doente, né? Que espécie de pessoa no mundo faz isso? Agora... O Zac é só amor! Além de suportar o seu próprio martírio, tenta ajudar Mia da melhor forma possível. A família do Zac é um capítulo a parte, caí de amores pela sua irmã Bec.
Gostei muito de ver o amadurecimento dos personagens no decorrer da história. O diferencial de Zac & Mia é que não é um livro triste. Muito pelo contrário, tem um tom leve e despretensioso, principalmente nas partes narradas por Zac. E o final também não é tão óbvio, se quer saber. É normal esperarmos perdas e muita tristeza, mas acontece algo totalmente diferente e isso me agradou bastante. Ainda assim, não é aquele livro fenomenal, não dá para dizer que me marcou profundamente, mas também não me decepcionou, já que não esperava muito. Foi apenas uma história que me divertiu em algumas horas.
Oi, Ana! Tudo bem? Eu gosto da premissa e da capa desse livro, mas sua resenha me desanimou um pouco. Não costumo gostar de livros que me divertem algumas horas e só. Gosto de livros que me façam passar por um turbilhão de sentimentos e me marquem de uma forma única! Como "Zac & Mia" não me parece ser assim, pularei a leitura do livro. :/
ResponderExcluirAbraço
http://tonylucasblog.blogspot.com.br/2015/08/resenha-premiada-johnny-bleas-um-novo.html <- Tá rolando promoção do livro "Johnny Bleas - Um Novo Mundo" lá no blog! ;)
Oi Tony!
ExcluirÉ uma pena que minha resenha tenha feito você ficar desanimado... Talvez você se anime quando outros blogueiros começarem a falar sobre ele e dê uma chance.
Beijo!
Oi, Ana.
ResponderExcluirBom, eu estava conversando com uns amigos sobre essa obra, e todas as outras que estão sendo publicadas com esses títulos com nomes de casais, e cheguei à conclusão de que é um ciclo vicioso. rs
Esses YA's estão muito saturados, como você mesmo disse, e fica complicado ter esperanças de encontrar algo novo.
Sick-lit é legal? É! Romance narrado por dois personagens é legal? Também. Mas cadê a novidade?
Eu acho que até poderia gostar desse livro, mas você deve ter me entendido... kkkk
Gostei bastante do seu ponto de vista.
Até mais,
http://entreserieselivros.blogspot.com.br/
Oi Plinio!
ExcluirSei exatamente o que você está e concordo! Não tem novidade nenhuma. Ainda assim tenho aquela esperançazinha de me surpreender qualquer dia desses, sabe? KKKKK
Beijo!
Oi, guria! Tudo bem?
ResponderExcluirPrimeira resenha que leio desse livro e confesso que, se antes não estava animada para lê-lo, agora a vontade caiu para zero. Gostei da sua resenha e parece uma história boa para entreter, não posso negar, mas senti um monte de clichês que ultimamente tem me irritado em histórias. Por isso, passo longe. Por enquanto, pelo menos.
Um beijo,
Doce Sabor dos Livros docesabordoslivros.blogspot.com
Oi Jeni!
ExcluirTá complicadíssimo achar livros bons nesse estilo mesmo... É justamente isso, uma história cheia de clichês, mas que diverte.
Beijo!
Oi Ana!
ResponderExcluirTe confesso que esse tipo de premissa eu não curto muito, não gosto de ler livros tristes com doença, por mais que isso exista na realidade. Ainda sim é um livro que me desperta curiosidade e vc mostrou na resenha uma boa visão do livro, parece bom.
Beijos
http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com/
Oi Nessa!
ExcluirEsse aqui não é triste alá A Culpa é Das Estrelas, dá pra ler tranquilo sem chorar nem um pouco. Achei divertido.
Beijo!
Oii Ana
ResponderExcluirGostei demais da sua resenha. Não sei porquê eu olhava para esse livro e lembrava de Eleanor & park, mas a história mesmo não tme nada a ver! Achei o Zack uma gracinha pelo que vc contou e a Mia, bem, a gente sabe que sempre tem aquele personagem que dá mais "trabalho" pra gostar, mas quando a leitura é boa, a gente passa por cima. Já vi resenhas positivas e negativas sobre esse livro, mas a verdade é que de uma maneira ou outra, tá todo mundo lendo e comentando. O tema me desperta a curiosidade apesar de todos os defeitinhos da história..
Beijokas
naprateleiradealice.blogspot.com.ar
Oi Alice!
ExcluirO Zac é um fofo mesmo, a Mia fica intragável até pra lá da metade do livro. Nossa senhora, aquela pessoa que é grossa e mal-humorada, todo mundo tentando ajudar e ela pisando. PQP, vontade de esfregar a cara dela no asfalto. Espero que você goste quando ler!
Beijo!
Oi Ana!
ResponderExcluirEstou louca para ler Zac e Mia!
Quero ver como um casal tão diferente conseguem interagir!
Tenho a certeza que vou me apaixonar e me divertir, pois é bom saber que não é um livro triste.
Adorei sua resenha!
Beijinhos
Rizia - Livroterapias
Oi Rízia!
ExcluirEu também estava bastante animada com ele! É bem legal a forma como eles começam a ser amigos e se apaixonam.
Beijo!
Esse é o tipo de livro que eu gosto de ler mas ultimamente eu ando mudando um pouco de gênero. Já li tantos sick-lit um atrás do outro que está realmente saturado para mim. Mas de qualquer jeito é um livro que eu tenho vontade de ler. Só esperar o momento certo, hehe. :P
ResponderExcluirBeijos!
http://www.prateleiracolorida.com.br
Oi Bia!
ExcluirAcho que realmente está saturado para todo mundo, né? Também acho que a gente encontra o momento certo para cada livro.
Beijo!
Oláá,
ResponderExcluirEu ainda não conhecia o livro e sendo sincera não consegui me interessar por ele, mesmo assim me interessei muito pelo post devido a sua sinceridade e também amei a quote que você separou! ^^
Bjoos
Jovem Literário