Autora: Kate de Goldi
Páginas: 232
Tradução: Luís Fernando Protássio
Editora: Fundamento
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Eu preciso dizer a verdade para vocês: a capa e o título desse livro não são incríveis? Pois foi justamente esses pré-requisitos que me chamaram a atenção e quis lê-lo com uma vontade que nem sei explicar, mesmo com a nota um pouco desanimadora que ele tem no Skoob. E fui com a cara e a coragem e querem saber? Uma nota no Skoob ou em qualquer outra rede não significa muita coisa quando você para pensar que um livro nunca irá agradar todo mundo. Felizmente não me decepcionei com As Perguntas Que Não Quero Fazer.
Frankie é um garotinho de doze anos muito responsável: faz as compras da casa, verifica se ainda em leite na geladeira e comida para a gata de estimação, sempre lembra seu pai, Tio George, de comprar pilhas para o detector de fumaça. Ele se preocupa tanto com as coisas que sempre sente que algo está errado e a única coisa que conforta seu coração são as conversas que tem com a mãe às 22h, todos os dias (inclusive acho que o título em inglês faz muito mais sentido). Ah, uma curiosidade sobre a mãe de Frankie: ela não coloca os pés para fora de casa há nove anos. E ninguém em casa fala sobre isso.
Tudo em sua vida muda repentinamente quando ele conhece Sydney e gosta dela logo de cara, afinal, como não simpatizar com uma garotinha de doze anos que usa dreads e roupas super divertidas? Apesar de as coisas terem melhorado um pouquinho, outras continuam iguais, como o porquê de Mamãe nunca sair de casa, ir para escola todos os dias com o seu melhor amigos Gigs, o seu medo excessivo de contrair alguma doença e o fato de todos da casa, mas todos mesmo, chamarem o seu pai de Tio George.
Não sabia como descrever o que era. Ela era iluminada, ligada, talvez - não literalmente ligada, é claro, mas parecia ter um tipo de força nela, como se estivesse conectada, eletricamente carregada. Frankie ficava ainda mais alerta quando estava com ela, como se estivesse passando por um artifícios o campo de força. Ela o alarmava ocasionalmente: era realmente imprevisível. (pág 55)
É até difícil falar de uma história com um conteúdo tão profundo quanto essa, principalmente quando o personagem principal é uma criança. Apesar de ser hipocondríaco e ter muitas dúvidas acerca de sua mãe e principalmente de si mesmo, Frankie é uma criança como qualquer outra. Tudo bem, talvez ele seja um pouco maduro demais para a idade dele, mas circunstâncias da vida o tornaram assim. Por falar em maturidade, creio que As Perguntas Que Não Quero Fazer seja um tanto profundo demais para ser classificado como infantojuvenil, além de ter um vocabulário um pouquinho difícil para crianças também.
Acho que o principal motivo por eu ter gostado tanto desse livro foi o fato de eu me identificar completamente com o problema principal do personagem, que é tentar entender as coisas a sua volta e principalmente pensar o quanto essas coisas podem o afetar no futuro. Todo mundo sabe que quando isso acontece acabamos nos aproximando demais dele, tomamos suas dores, esperamos ansiosamente para que tudo fique bem no final. Ah, gente, Sydney e Gigs também tem um espaço guardado no meu coração, são dois amigos ótimos! Sydney também tem problemas com a mãe e fiquei tão tocada ao ver o empenho de Frankie em tentar ajudar que até me emocionei em diversas partes.
Algumas pessoas podem achar a narrativa arrastada, já que conta o dia a dia mesmo da vida de Frankie, mas eu não vi problema algum. A única coisa que me incomodou foi o tamanho dos capítulos, grandes demais para o meu gosto, mas o livro é tão bom e único, o final foi tão digno que dá para relevar tranquilamente. As Perguntas Que Não Quero Fazer trata com uma sensibilidade ímpar todos os problemas de uma criança com a família totalmente desajustada e, principalmente, como é difícil amadurecer cedo demais.
Oi Aninha,
ResponderExcluirÀs vezes não gostamos de um livro por criar expectativas sobre ele, mas isso não significa que ele seja ruim, talvez por não ter esperado muito do livro, você tenha gostado mais. Achei bacana o garotinho, confesso que nem eu sou assim. Fiquei curiosa e interessada em ler essa história sensível, mas em um momento que os capítulos grandes não me incomodem 😂
Beijocas ^^
Ah, se formos levar em consideração o que os outros dizem, ou notas das redes sociais, acabamos não lendo nada, viu! E é exatamente essa diversidade de opiniões que faz o ato de ler e depois resenhar, valer a pena! Afinal, o que seria do mundo se todas as opiniões fossem iguais? Seria um saco, rs.
ResponderExcluirQue bom que vc não deu ouvidos a tais coisas, continuou a leitura e, de quebra, ainda gostou do livro! Adorei a sua resenha e fiquei doida pra ler!
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Oi Ana, eu gostei da sua resenha e confesso que a capa e o título me chamaram atenção também, entrou na minha lista.
ResponderExcluirVisite: http://carpediemmica.blogspot.com.br/
Acho que é um erro julgar um livro pelas notas do SKOOB ou até mesmo por resenhas. Eu procuro resenhas em blogs quando quero um livro, mas tiro minhas próprias conclusões. Isso tudo só serve para dar uma direção, mas cada leitor é de um jeito né?
ResponderExcluirEsse livro, em questão, não me interessou. Mesmo sua resenha sendo positiva, não faz meu gênero, mas pelo menos já escutei falar dele hehehe
É bem. Valeu a dica!
>> Vida Complicada <<
Oi, Ana Clara!
ResponderExcluirAdorei a sua resenha, me fez ficar super interessada no livro! Adoro histórias com temas fortes, como parece ser o caso dessa. Narrada por uma criança, então, me deixou realmente com água na boca!
Valeu a dica!
Beijos!
Karla Samira
http://www.pacoteliterario.blogspot.com.br/
Oi Ana, não conhecia esse livro, para ser sincera. Mas gostei da proposta, e o fato de ser narrado por uma criança sempre transforma a leitura em algo mais suave. Com certeza leria, ainda mais depois de tantos elogios :D
ResponderExcluirBeijos
Oie...
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar sobre esse livro... E sim! Achei a capa e o título incriveis a ponto de comprá-lo apenas por esse motivo!
A premissa do livro é realmente boa e acho que também me identificarei com os personagens e a idéia central.
Valeu pela dica e com certeza irei ler!
Bjos
http://coisasdediane.blogspot.com.br/
Títulos em inglês sempre fazem mais sentido... aliás, vou procurar pra ver qual é.
ResponderExcluirTambém achei a capa linda, é simples mas tão fofa! O jeito que você descreveu o garoto achei um pouco infantil pra doze anos... Eu com doze já cuidava da casa sozinha e tal, era mesmo mais madura, meus amigos também não eram tão crianças assim. As vezes acho estranho ler sobre uma criança dessa idade ser tão, bom, criança. Acho que minha criação afetou meu modo de ver essas coisas, enfim.
Fiquei muito curiosa com o porquê da mãe dele não sair de casa e de o pai ser chamado de Tio. Espero que isso seja revelado durante a história.
Fiquei com muita vontade de ler. Tenho que parar de vir no seu blog, cada resenha sua minha lista aumenta, socorro né miga.
beijos
Ana, li uma resenha desse livro há algumas semanas atrás e apesar da opinião negativa eu tive uma certa certeza de que seria um bom livro para eu ler. Principalmente pq resolvi julgar ele pela capa e pelo título kkkkkk. Bom, sua resenha só me fez ter mais certeza de que devo fazer essa leitura, acho que a única coisa que eu não ia gostar muito são os capítulos extensos, mas se a lhistória for boa dá para relevar. Fiquei bastante curiosa com a obra.
ResponderExcluirTenho uma paixão por livros de capa amarela (e azuis daqueles bem chamativos), haah! Não sei porque mas quando vejo livros com capa dessa cor sempre quero ler. Também achei a capa e o título incríveis, mas sou meio suspeita. Sua resenha está linda e me deixou morrendo de vontade por ser tocada por essa história também.
ResponderExcluirQue bom que, apesar da nota do skoob, você não tenha se decepcionado com o livro.
Beeijos, Erica Regina
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