Desintegrados é a sequencia de Fragmentados, distopia com uma premissa muito original que foi lançada pela Editora Novo Conceito em 2015. No segundo volume da trilogia, após a revolta no Campo de Colheita Happy Jack, Connor comanda o Cemitério, refúgio para os desertores, Risa, que se recusou a receber uma coluna nova e, por isso, ficou paraplégica, é uma autoridade médica no Cemitério, e Lev faz parte de um movimento de resgate aos dízimos.
Infelizmente, Desintegrados certamente figurará entre as minhas maiores decepções de 2017. Quando li Fragmentados, em 2015, eu me apaixonei pela história, pela originalidade do enredo, pelos personagens, pela trama e pelo mistério. Enfim, Fragmentados é, ainda hoje, um dos meus livros preferidos. Porém, Desintegrados não chega nem perto de ser tão bom como o primeiro livro da trilogia.
É difícil imaginar que tanta notoriedade surgiu de mero fato de terem sobrevivido à explosão no Campo de Colheita Happy Jack. Simplesmente porque Connor teve sorte o bastante para ser o primeiro fragmentário a sair inteiro do Ferro-Velho. É claro que, até onde o resto do mundo sabe, ele morreu e Risa está desaparecida – ou igualmente morta, ou muito bem escondida em algum país simpático aos desertores, se que é este tipo de lugar ainda existe. (p. 86)
A leitura de Desintegrados se arrasta, simplesmente porque não parece haver nenhum propósito no livro. Página após página, vamos percebendo que não estamos chegando a lugar algum. Diversos personagens novos são apresentados, alguns de forma muito aleatória e sem qualquer motivo específico, e os personagens que já conhecíamos retornam de forma insossa, desprovidos do carisma que tinham no primeiro volume.
Uma das maiores novidades do livro é a introdução de um personagem bastante controverso. Cam foi feito inteiramente com partes de fragmentados, ele não nasceu, foi criado. A sinopse faz com que criemos expectativas em torno desse personagem e o desenrolar da história decepciona. Enfim, a impressão que fica é que esse livro é um daqueles típicos segundos volumes que servem apenas para "encher linguiça" e criar uma ponte entre o primeiro e o terceiro livro. Certamente, Desintegrados poderia ter menos da metade do número de páginas e a história seria contada da mesma forma, mas, com menos enrolação.
Uma coisa que já tinha me incomodado na edição de Fragmentados e voltou a me incomodar em Desintegrados são as páginas extremamente finas que podem tornar a leitura um tanto quanto desconfortável. Ainda tenho vontade de ler o terceiro livro da trilogia, mas, minhas expectativas estão bem mais baixas depois da leitura de Desintegrados.
Título Original: Unwholly
Autor: Neal Shusterman
Páginas: 416
Páginas: 416
Tradução: Camila Fernandes
Editora: Novo Conceito
Livro recebido em parceria com a editora
A historia me lembrou bastante Frankstein Entre Anjos e demônios, justamente pelo fato do garoto ser " Frankstein do futuro" como diz na sinopse. Sou apaixonada por distopia, então acho que amaria o obra. Mas é bem triste você descobrir que segundo livro não chega aos pés do primeiro. Já que quando se apega no primeiro, você espera ainda mais da segundo. Mesmo assim quero ainda ler ambas obras para poder conhecer mais sobre essa distopia e coisa de colheita
ResponderExcluirEu gostei da história, apesar de ser bem triste essa história de fragmentação. Preciso ler para entender melhor. Gosto de distopia então fico bem intrigada
ResponderExcluirOlá, é uma pena que uma distopia tão promissora como essa não possua uma sequência do mesmo nível, a autora não soube desenvolver a história igualmente nos dois livros mas espero que o terceiro possa concluir a trilogia de forma positiva. Beijos.
ResponderExcluirNossa Priscila!
ResponderExcluirEstava tão ansiosa por ler essa continuação, porque li Fragmentados e apesar de não gostar muito da ideia da fragmentação, achei uma das melhores distopias lidas e saber que essa continuação não chega aos pés da primeira e ainda é sem sentido, me deixou bem triste, ainda assim, por curiosidade, gostaria de ler.
Bom carnaval e moderação, hein?
“Não basta saber, é preferível saber aplicar. Não é o bastante querer, é preciso saber querer.” (Johann Goethe)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Eu ainda não li nem o primeiro livro e estava querendo muito ler. Mas tenho receio com livros desses gêneros porque muitos autores se enrolam e ficam enrolando a leitura, tornando-a desnecessária e entediante, então se vou ler justamente por causa desse segundo. Quem sabe um dia eu leia, mas por enquanto não!
ResponderExcluirAdorei seu blog, estou seguindo!
Magia é Sonhar
Quero ler o primeiro, mas fiquei desanimada com esse, que pena que deixa a desejar, até os personagens que já tinham não conquista o leito nesse então o negocio tá feio rsrs. É uma pena quando isso acontece ficamos tão empolgados com o primeiro e ansiosos pelo segundo e não supera as expectativas, fiquei imaginando como será o último.
ResponderExcluirOi, Priscila!!
ResponderExcluirE uma pena tinha achado tão legal a premissa do primeiro livro fiquei bem animada!! Mas agora fiquei muito triste por esse livro não ser melhor ou igual o primeiro!!
Beijoss
Não li o primeiro, e infelizmente baixei minhas expectativas para a série, já que essa continuação não entregou o que prometia, e por isso te decepcionou. Adoro distopias, então acho que, se for para ler Fragmentados, é melhor eu ler só ele, e ignorar o fato de existir uma continuação, já que ela é mal desenvolvida e arrastada.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirUma pena esse livro ter decepcionado, ainda não li essa serie, mas quando o primeiro livro saiu vi muitos comentários positivos sobre ele, estou bem curiosa para poder ler, e mesmo esse livro não sendo tão bom, ainda estou curiosa sobre a serie, mas também abaixei muito minhas expectativas sobre a serie, mas espero que isso seja só a maldição do segundo livro e que o terceiro seja tão bom quando o primeiro !!
Não conhecia essa trilogia ainda, mas não me chamou muita atenção não. Nem as capas, nem sinopse, nem a resenha me fez sentir vontade de ler a trilogia.
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