Juro para vocês que a primeira coisa que eu pensei quando peguei esse livro para ler foi: "misericórdia, eu não tô acreditando que a faculdade me persegue até nos livros literários", já que logo na primeira página a autora nos apresenta as Leis de Newton, que regem toda a historia da nossa personagem principal, Liz Emmerson. Popular no colégio, dona de uma vida invejável, ninguém conseguiria imaginar que Liz simularia um acidente para tirar sua própria vida, não é?
Apesar de disfarçar muito bem, Liz é uma garota muito sozinha, que sente a necessidade da presença da mãe, uma workaholic assumida que passa mais tempo viajando do que com a própria filha — sempre foi assim, mas a situação piorou bastante após a morte do pai, seu fiel escudeiro. Além disso, para manter sua popularidade intacta, namora Jack, um cara totalmente babaca que não está nem aí para ela (mas não se enganem, Liz também não é a melhor pessoa do mundo). Para resumir, a vida de Liz Emmerson é uma grande mentira e ela sabe disso.
Então, a protagonista simplesmente se dá conta de que sua existência não é mais necessária, de que ela é um fardo para a humanidade e que ninguém vai sentir sua falta. Pelo menos, são essas as coisas que vêm na sua cabeça. Assim, num dia estrategicamente calculado, Liz simplesmente tira as mãos do volante em uma curva e deixa que as Leis de Newton fizessem o restante. Liz Emmerson não se lembra de mais nada além do céu.
A narrativa de Quando Tudo Faz Sentido mescla dois tempos distintos. Ao mesmo tempo em que sabemos tudo o que está acontecendo enquanto Liz está no hospital em estado grave, lutando pela vida, somos transportados ao passado, onde são mostradas cenas de Liz com as amigas, na escola, em festas, em casa, enfim, são mostrados todos os indícios que fizeram Liz tomar uma decisão tão drástica. O mais interessante dessa narrativa é que ela é feita em terceira pessoa por uma personagem do sexo feminino, que é onipresente e onisciente. Um dos motivos de eu ter lido esse livro tão rápido foi o interesse para descobrir a identidade da narradora.
Apesar de disfarçar muito bem, Liz é uma garota muito sozinha, que sente a necessidade da presença da mãe, uma workaholic assumida que passa mais tempo viajando do que com a própria filha — sempre foi assim, mas a situação piorou bastante após a morte do pai, seu fiel escudeiro. Além disso, para manter sua popularidade intacta, namora Jack, um cara totalmente babaca que não está nem aí para ela (mas não se enganem, Liz também não é a melhor pessoa do mundo). Para resumir, a vida de Liz Emmerson é uma grande mentira e ela sabe disso.
Então, a protagonista simplesmente se dá conta de que sua existência não é mais necessária, de que ela é um fardo para a humanidade e que ninguém vai sentir sua falta. Pelo menos, são essas as coisas que vêm na sua cabeça. Assim, num dia estrategicamente calculado, Liz simplesmente tira as mãos do volante em uma curva e deixa que as Leis de Newton fizessem o restante. Liz Emmerson não se lembra de mais nada além do céu.
Liz não destruía só as pessoas de quem não gostava. Não eram apenas os nerds, os gays, as piranhas, os geeks da banda, as líderes de torcida ridículas, os membros da equipe de xadrez, os membros do Clube Budista, os quietinhos ou os barulhento. Ela destruía todo mundo. Até as pessoas mais próximas a ela. Sobretudo as pessoas mais próximas a ela.
A narrativa de Quando Tudo Faz Sentido mescla dois tempos distintos. Ao mesmo tempo em que sabemos tudo o que está acontecendo enquanto Liz está no hospital em estado grave, lutando pela vida, somos transportados ao passado, onde são mostradas cenas de Liz com as amigas, na escola, em festas, em casa, enfim, são mostrados todos os indícios que fizeram Liz tomar uma decisão tão drástica. O mais interessante dessa narrativa é que ela é feita em terceira pessoa por uma personagem do sexo feminino, que é onipresente e onisciente. Um dos motivos de eu ter lido esse livro tão rápido foi o interesse para descobrir a identidade da narradora.
O ponto forte do livro não foi retratar a tentativa de suicídio em si, nem os motivos para que ela acontecesse, mas sim mostrar vários problemas de diversos personagens da trama e como eles lidavam com isso. Por exemplo, uma das melhores amigas de Liz, Kennie, foi induzida a fazer um aborto e isso a persegue de forma violenta. Já Julie, a outra melhor amiga, tem problemas com drogas. O que eu quero dizer é que todos os personagens têm problemas ou sofreram com alguma coisa, mas cada um encara de uma forma diferente. Para Liz, a melhor saída foi tentar se matar, enquanto Kennie finge que nada aconteceu e Julie acredita que consegue controlar seu vício.
Por mais que eu tentasse sentir empatia por Liz, eu simplesmente não conseguia. Ela vestiu tanto essa "personalidade falsa" que acabou se tornando um ser desprezível. Magoava as pessoas só para manter as aparências, deixava coisas terríveis acontecerem por puro egocentrismo e o pior, no seu subconsciente ela sabia que estava agindo errado, mas preferia permanecer no erro pelo simples fato de ser mais cômodo. Penso que, provavelmente, o motivo de Liz não ter morrido com o impacto foi o universo dando uma segunda chance para ela.
O objetivo principal do livro é chamar nossa atenção para os pequenos detalhes que estão ao nosso redor que podem ser indícios de que alguma coisa está acontecendo e que tudo tem uma solução. Tenho para mim que cada história toca o leitor de uma forma diferente e acredito que Quando Tudo Faz Sentido é justamente o tipo de livro que tem capacidade de encantar qualquer tipo de leitor.
Título Original: Falling Into Place
Autora: Amy Zhang
Páginas: 320
Tradução: Joana Faro
Editora: Rocco Jovens Leitores
Livro recebido em parceria com a editora
A história desse livro apesar de não ser nova, tenho visto muitos livros que tem tratado de suicídio e depressão ultimamente, é importante pois o debate desse tema ajuda na prevenção, na compreensão do outro e serve até mesmo de alerta pois eu acho que o tema esta em evidência porque os casos tem aumentado. A narrativa em terceira pessoa numa história que provavelmente é intensa me preocupa pois pode criar barreiras entre o personagem e o leitor, a narração pode ser vista como fria, mas como você bem concluiu cada história toca o leitor de forma diferente e só lendo pra saber. ;)
ResponderExcluirPoxa, que livro interessante eu quero realmente comprar um desse livro!
ResponderExcluirGrande abraço,
Victor N Souza
www.cafeidilico.com
Oi Ana!
ResponderExcluirEu simpatizei muito com esse livro quando ele foi lançado, mas acabei solicitando outra coisa. No mês seguinte o Alê acabou pegando ele rsrs. Gostei das coisas que você comentou na resenha e fiquei curiosa para saber quem é essa narradora. Quem sabe eu ainda leia?
Beijos,
alemdacontracapa.blogspot.com
Oi Ana,
ResponderExcluirEsse tipo de temática sempre me faz refletir sobre minha vida e tudo ao meu redor. Todo mundo tem problemas e cada um lida a sua maneira com eles. Liz escolhe a forma que lhe convém,uma saída que para muitos é vista como covardia, mas que requer muita coragem. Acho que este livro nos mostra que seus problemas não são maiores ou piores do que de outra pessoa, eles importam a vida de cada individuo também. Uma pena que a protagonista não é muito cativante pois assim fica difícil criar uma conexão ou sentir empatia por ela.
Ana!
ResponderExcluirAchei sensacional a ideia da autora de mostrar que nem tudo é o que parece, principalmente no ambiente de faculdade, há tanta enganação que só quem concice de perto com alguém é que sabe dos seus problemas mais íntimos.
Deve ser um livro no mínimo intrigante em vários aspectos e claro que quero conferir a leitura um dia.
Desejo uma ótima semana e um feliz dia dos namorados!
“Onde há estudo - há sabedoria.” (Textos Judaicos)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE JUNHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Boa noite!
ResponderExcluirNão sabia do que se tratava o livro antes de sua resenha e agora, após terminá-la, posso afirmar com certeza que quero lê-lo o quanto antes.
Achei interessante a autora sair dos clichês de histórias sobre suicídios e não focar apenas na personagem principal, mas também às pessoas ao seu redor.
Abraços.
Ana é lindo esse livro, já gostei de cara, vai pra listinha com toda ctz, até pq eu sou dessas leitoras que amam um detalhe...
ResponderExcluirBjs!
Oi Ana ;)
ResponderExcluirAchei criativo a autora apresentar as Leis de Newton, para falar sobre a história da personagem.
Livros e filmes que estão em alta ultimamente, como 13 reasons e Antes que eu vá, que mostram temas como o suicídio, apesar de terem temas dolorosos de ler, servem para mostrar que as pessoas que sofrem com essa doença não estão só! Porque como você disse, todos os personagens tem problemas, e cada um os encara de forma diferente.
Gostei da indicação, pois não conhecia o livro ainda!
Bjos
Eu não conhecia esse livro ainda, mas achei a premissa interessante. É preciso ter cuidado ao falar sobre suicídio, é um assunto que precisa ser discutido sim para alertar as pessoas sobre a seriedade desse tema. No entanto, é preciso ter muita sensibilidade para falar sobre temas assim, pois em uma pessoa que já esteja emocionalmente fragilizada, o efeito pode ser o oposto do desejado.
ResponderExcluirDe qualquer forma, pelo que percebi da sua resenha, parece ser uma boa leitura e que traz muitas reflexões. Além disso, a capa apesar de simples, é bem diferente e não entrega muita coisa..
Adorei sua resenha e já anotei a dica.
Beijos!
OI Ana.
ResponderExcluirEstou boba com essa premissa, e coitada de você hem, eu também estou traumatizada sofre física, passei um mês estudando umas teorias muito loucas para relacionar com Administração, quase torrei meu cérebro para aprender aquela bagaça kkkkkkkkk.
Gostei que ops livros nos faz refletir sobre as circunstâncias da vida, e é interessante o que falou, cada pessoa tem sua maneira de lidar com os problemas, o fato de ter uma narradora onipresente é interessante também morreria de curiosidade para saber quem é ela, enfim esse vai para minha lista com certeza.
Bjs.
Gosto de livros que tratam sobre esse assunto. Sempre reflito bastante em cima deles!
ResponderExcluirA capa é bem legal e eu pensava que seria só mais uma história de romance clichê e essas coisas, mas ai você falou de Newton (eca!) e sobre a garota tentar se matar que vi que era um livro mais profundo e com mais história!
Achei bem legal ele ser narrado em 3 pessoa! Assim fica mais fácil de entender o que está acontecendo!
A personagem prefere viver de aparência do que encarar a realidade, de que as pessoas não saibam o que realmente acontece em sua vida, parece ser uma leitura interessante e um alerta. Concordo todos tem problemas e cada um age de uma forma, acabamos julgando sem saber o que cada um passa. Mas a personagem mesmo com seus problemas parece ser mesquinha.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirA proposta do livro é interessante, mesmo porque trata de assuntos sérios e difíceis de tratar. Mas sinceramente, não sei seu eu leria.
Para quem gosta desse estilo de leitura, mais reflexivo, com certeza, uma boa dica.
Ótima resenha, como sempre.
Abraços.
Pesado não é mesmo ? Ninguém daria nada pra menina, afinal ela não tinha motivo pra isso já que a vida dela era perfeita, realmente acho que o principal foco do livro é fazer com que as pessoas realmente tivessem uma percepção maior sobre seu redor e não deixar as aparências serem a base pra tudo. Por mais que você não tenha se dado bem com a personagem principal a leitura em si pelo visto foi bem proveitosa.
ResponderExcluirEu não conhecia este livro, achei a capa bem bonita e a história me chamou a atenção, achei interessante o objetivo principal do livro e acredito que irei gostar da história, então adicionei Quando Tudo Faz Sentido em minha lista de leituras.
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