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3 de agosto de 2017

Na Minha Onda | Laura Conrado


Devo admitir que a partir do momento que vi a capa do livro já não gostei muito, e infelizmente a leitura só confirmou o que eu temia. Na minha onda é um livro tão clichê e infantil quanto parece. Talvez se eu o tivesse lido há cinco atrás eu até acharia interessante, mas a personagem principal, Vitória, é tão infantil que as vezes tive vontade de dar um sacode nela pra ver se ela acorda pra vida.

Vitória Prata é uma mulher de vinte e seis anos cuja carreira como cantora não deslanchou da forma como ela queria e ela se vê de volta a Salvador, na casa de seus pais, tentando esconder o fato da sua vida estar um total fracasso. Quando sua amiga, Carol Laine, propõe que as duas voltem a cantar juntas, Vitória se mostra um tanto relutante em aceitar o convite, mas, ao ver que não tem como sua vida piorar, ela aceita a proposta.

Encantada com o sucesso da amiga, Vitória não vê a hora de sair das sombras e mostrar seu talento ao mundo. Mas a vida se mostra mais difícil do que a baiana esperava, por várias vezes ela mostra seu descontentamento com a rapidez do processo e com os caminhos a serem trilhados. Como se voltar ao estrelato já não fosse difícil o suficiente, Vitória ainda tem que lidar com a irmã mais velha, Vanessa, que só mostra interesse quando a irmã está por cima. A briga entre as duas não é de hoje e, quando parece que vai ficar tudo bem, as coisas pioram.

Quando se tem esperança, é fácil desejar felicidade a outras pessoas. Mas quando seus sonhos se esvaem e sua vida se torna um acúmulo de fracassos, como é que se faz para se manter próxima da sua melhor amiga quando é na vida dela que seus sonhos estão sendo realizados? Como acompanhar alguém que vive um sucesso absurdo enquanto sua vida naufraga feito o Titanic?

Para completar todo o drama, ainda temos o primo e produtor gato de Carol Laine, Lucas, por quem Vitória é apaixonada desde a infância. Até dado momento do livro a personagem acreditava ser um amor platônico, mas ele começa a dar dicas de que também sente atração pela moça. Não considero um spoiler dizer que eles chegam a namorar, mas quando isso ocorre Vitória se mostra mais chata e ciumenta do que antes.

Não posso deixar de dizer que a única coisa que me “prendeu” ao livro foi um mistério envolvendo as personagens. Desde o começo do livro ameaças são feitas e os envolvidos passam muito aperto para superar os acontecimentos. Por vezes fiquei incomodada com a forma como o perseguidor foi abordado, mas a curiosidade em descobrir quem estava por trás de tudo foi a corda que me puxou até o final do livro.

Laura Conrado faz referências a celebridades e costumes brasileiros o tempo todo, o que torna seu estilo único, uma vez que a tendência dos autores nacionais (em geral) é americanizar a escrita. Como a personagem principal é baiana, quando lemos o livro é praticamente impossível não se arrastar nas palavras, o sotaque é tão carregado que arrastamos a fala e, obviamente isso é um ponto positivo, já que mostra parte a cultura do nosso país. 

Na Minha Onda é uma leitura fácil para quem curte a literatura brasileira moderna. Eu não gostei muito, mas, como eu disse no começo, se tivesse lido há uns cinco anos atrás seria um livro, inclusive até até interessante. Porém, é indispensável para quem gosta do gênero.

Título Original: Na Minha Onda
Autora: Laura Conrado 
Páginas: 288
Editora: Globo Alt
Livro recebido em parceria com a editora
Texto por Alessandra Afonso

9 comentários :

  1. A capa e o titulo não me chamaram muita atenção. E como resenhou que o livro não te agradou muito não sei se eu daria uma chance para a leitura, mas confesso que fiquei curiosa para saber o final de de Vitória.

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  2. Eu não gostei muito da capa também e que pena que o livro é meio infantil.
    A história não chamou minha atenção e não gosto de livros clichês.

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  3. Eu achei a capa bonitinha até, mas eu não consigo ler livros onde a protagonista é muito infantil, eu abandono na hora.
    Gostei da resenha, uma pena mesmo não ter agradado, mas você soube destacar pontos positivos e negativos, e isso é ótimo.
    Beijos!
    Lost Words!

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  4. Assim como você não curti muito a capa e realmente lendo a resenha e a sinopse, nao se da a entender que Vitória tenha 26 anos, parece que ela tem menos, pois realmente parece ser bem infantil, é tão ruim quando não conseguimos nos conectar com o personagem e acabamos não gostando dele,mas gostei bastante de saber que o livro mostra parte a cultura do nosso país através do sotaque, eu gosto muito do gênero, porem não sei se leria.

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  5. Ana!
    Vitória mesmo tendo uma oportunidade, após o momento 'fundo do poço', não mudou sua forma de pensar e agir, é ciumenta, invejosa, sinceramente, não gosto de personagens assim, são bem perniciosas.
    Mas gostei de saber que a Bahia é descrita no cenário do livro, o terrinha mágica e arretada, amo!
    E que tem música, tendo música já facilita muito a atenção na leitura, pelo menos para mim.
    Ua pena que não tenha gostado muito do livro.
    Desejo um mês repleto de realizações e um ótimo final de semana!
    “A vida guarda a sabedoria do equilíbrio e nada acontece sem uma razão justa.” (Zíbia Gasparetto)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE AGOSTO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  6. A capa para mim também é daquelas que se eu visse em uma livraria, passaria reto; a história não me cativou muito, mas achei super legal o fato de mesmo depois da protagonista ter fracassado, ela não desiste do seu sonho e achei super legal a autora trazer referências do nosso país e não americanizar a história.
    Beijos!

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  7. Que pena que não foi tão bom assim, odeio personagens que são infantis, então não gostaria dessa e parece que ela não amadurece e é daquelas que se acha, pois quer cantar sozinha mas não faz sucesso. Só fiquei um pouco curiosa com o mistério que adoro rs.

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  8. Eu gostei da capa do livro em sim, achei bonita mas ao ler sua resenha vi que a personagem é meio infantil, ciumenta e invejosa. Não gosto de personagens assim, acho a leitura do livro meio parada e acabo por não terminar a leitura. Uma pena você não ter gostado do livro mas eu também não iria gostar. Como você disse "se fosse a cinco anos atrás, eu iria gostar". Acho que temos o mesmo gosto haha
    Beijos, gostei de sua resenha, foi sincera!

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  9. Oi, tudo bom?
    Que pena que o livro não te agradou tanto assim, eu não gosto de quando temos uma mulher feita tendo atitudes infantis, parede ser um livro legalzinho, mas eu não pretendo ler, gosto de nacionais, mas gosto de livros mais maduros, não com pessoas ciumentas e invejososas e claro chatas.
    Beijos *-*

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