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30 de dezembro de 2017

Tudo Junto e Misturado | Ann Brashares


O que me chamou a atenção para esse livro foi justamente a premissa: dois adolescentes que nunca se viram, mas que ainda assim compartilham muitas coisas, inclusive três irmãs. Não só parece um tanto confuso como é, realmente. Lila e Robert foram casados e tiveram três filhas: Emma, Quinn e Mattie. Após um divórcio nem um pouco amigável, Lila se casou com Adam e juntos tiveram Ray, enquanto Robert se casou com Evie, nascendo assim a menina Sasha. 

Apesar de terem seguido suas vidas normalmente, Lila e Robert ainda compartilham a guarda das filhas e a casa de praia, onde a ocupam em períodos alternados. Tudo é combinado para que as famílias não se cruzem nunca, e é por isso que Ray e Sasha não se conhecem, apesar de dividirem o mesmo quarto, banheiro, livros e até mesmo a roupa de cama em que dormem quando estão na casa de praia. Se vocês estão achando isso um tanto absurdo, não se preocupem porque eu concordo completamente. 

Numa primeira impressão, Tudo Junto e Misturado é extremamente confuso, mas, para mim, isso foi uma sacada de Ann Brashares para mostrar o desajuste dessa(s) família(s). Até um certo ponto, eu senti um pouco de dificuldade em diferenciar as irmãs, que são uma espécie de ponte entre os pais que não conseguem nem conversar como duas pessoas adultas. Assim, Ray e Sasha acabam entrando no meio dessa batalha, sem sequer terem alguma coisa a ver com isso. Não sei para vocês, mas para mim essa situação não passa de puro egoísmo do ex-casal, que acham que estão fazendo o melhor para os filhos quando, na verdade, só estão pensando neles mesmos. 

É uma coisa muito triste da natureza humana. Passamos muito mais tempo pensando no que não temos ou no que perdemos do que pensando no que temos.

Todo o livro é narrado em terceira pessoa, ora pelo ponto de vista de uma das irmãs, ora alternando entre Sasha e Ray — o que era para ser um romance adolescente, se transforma em uma história com cinco pontos de vista diferentes, e isso pode desagradar muitas pessoas. Não sei explicar muito bem, mas a técnica da autora é diferente de tudo o que eu li. Não é uma narrativa em terceira pessoa comum, onde o escritor apenas mostra através de outros olhos tudo o que está acontecendo. Tem uma certa poesia, digamos assim, na escrita de Ann Brashares e isso pode se tornar um ponto negativo dependendo do leitor que entrar em contato com a obra. 

Não vou mentir para vocês. Eu esperava muito mais de Tudo Junto e Misturado, e só tive essa certeza após um acontecimento lá para o final do livro. O que eu senti foi que a autora colocou algo muito trágico na história só para piorar algo que já estava muito ruim, uma "forçação de barra" para reaproximar as famílias, sabem? Achei totalmente desnecessário. Na verdade, eu esperava algo um pouco mais leve e divertido, como aquelas séries de comédia dos anos 90, por isso me decepcionei tanto. 

Apesar de tudo, não acho que foi uma leitura desperdiçada. Me fez refletir bastante sobre o conceito família, a importância de de mantermos quem a gente ama o mais próximo possível, esse tipo de coisa que só pensamos quando esfregam na cara da gente. Para quem estiver interessado, o meu conselho é que não esperem algo muito extraordinário de  Tudo Junto e Misturado, porque, apesar de ser um bom livro, ele entrega um pouco menos do que promete.

Título Original: The Whole Thing Together
Autora: Ann Brashares
Páginas: 336
Tradução: Christian Clemente
Editora: Seguinte
Livro recebido em parceria com a editora

18 comentários :

  1. Olá, a impressão que fica é de que a autora não conseguiu conduzir a trama de forma consistente, jogando plot twists desnecessários numa tentativa de deixar trama interessante. Porém, como dito, a obra deixa uma reflexão interessante acerca do núcleo familiar, que deve ser regado com muito diálogo. Beijos.

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  2. Oi, Ana. Acho que nesse livro, a autora não quis focar no romance, né? Acho que ela quis focar na família (união), de repente, no que ela representa e tal.

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    1. Então, eu acho que ela queria isso, mas se perdeu, sabe? Porque nas partes narradas por Ray e Sasha são muito "ai o cheiro dela nos lençóis" e "será que um dia irei vê-lo"... kkkkkkk

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  3. Leio bastantes resenhas positivas sobre esse livro, ficando ainda mais apaixonado pela leitura. Depois dessa resenha, me desanimei um pouca, mas ainda assim gostei muito da premissa. Tenho quase certeza que a leitura será muito proveitosa, estou empolgadíssimo para ter logo o meu e poder me emocionar. A capa está linda e merece destaque também.

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  4. Olá Ana! Pela capa e o título também pensei que fosse algo mais cômico. Não gosto muito quando o autor só insere desgraças na trama, tudo bem que a vida não é só flores mas também não é só de espinhos, existe um meio termo. Li um livro que tinha vários pontos de vista e não tive problema nenhum com leitura. Gostei das reflexões acerca da família que você disse, pois não se vê muitos livros com essa temática. Beijos

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  5. Oi, Ana!!
    Nossa achei um pouco confuso a estória, e pela sinopse do livro achei que a estória seria bem diferente. Não sei se a autora soube conduzir essa estória mas no momento não senti aquela vontade de ler esse livro.
    Bjoss

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  6. Chegou o momento da resenha que eu mais esperava, e...
    Eu tinha muitas expectativas em relação a este livro, mas confesso que vou tirar da minha lista de prioridades para 2018.
    Eu não achei um absurdo, e sim, incrível como tudo acontece. Parece um pouco mágico eles compartilharem o mesmo lugar, mas em momentos diferentes. Só que eu não sabia que eles também compartilham irmãs, e os pais foram casados... Aí já achei surreal.
    Foi bom saber melhor do que se trata.

    Beijos

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  7. Olá! Nossa, detesto quando sinto que o autor exagera nas desgraças que insere na história, como você citou. Fica tão... "novela mexicana", não é? E foi essa a impressão que eu tive do livro. Com relação à temática familiar, acho que toda família tem problemas e nunca é fácil, as relações sempre sofrem alguma turbulência. Ainda mais nos moldes modernos com madrastas, padrastos, meios-irmãos etc. É interessante ver essa questão abordada, mas não sei se é suficiente pra me prender como leitura.
    Beijos.

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  8. Ana!
    Pelo jeito o título tem tudo haver com o enredo, cheio de dualidades e sentimentos contraditórios, uma protagosnista como contra ponto para o caos familiar que vivem, enfim, acredito que seja uma leitura de fácil identificação, talvez por isso os leitores se comovam profundamente.
    Uma pena que teha esperado mais do livro e que teve uma forcação de barra quase no final.
    Um Novo Ano repleto de realizações!!
    “Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.” (Carlos Drummond de Andrade)
    cheirinhos
    Rudy

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  9. Oi Ana.
    Uma pena que o livro te decepcionou um pouco, eu também não me convenço muito fácil quando as autoras cria situações para reaproximar personagens, mas enfim, gostei que apesar de não ter sido uma leitura 100% você conseguiu tirar umas reflexões e ensinamentos que pode levar para a vida, eu ainda não sei se leria, mas achei a ideia do livro bem interessante.
    Bjs.

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  10. Acho que seja a segunda resenha que leio sobre este livro que já está na lista de desejados, tá, pode não ter sido tudo isso, mas por tudo que li, essa bagunça familiar, foi bem bacana e bem explorada.
    Acho que toda família que se mistura assim, tem suas dúvidas, conflitos,mas também tem muito amor envolvido e espero que seja este amor, que a una de uma forma única!
    Lerei com certeza!
    Beijo

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  11. É um tema delicado esse de familia por isso deve ser bem trabalhado ainda mais que envolve divorcio e quem acaba sofrendo as consequencias são os filhos. Pena ter ficado confuso mas fiquei curiosa com o desfecho.

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  12. Oi Ana...
    Tratar de família é algo sempre complicado, ainda mais quando essa família não é totalmente estruturada... Uma pena que a história se tornou confusa, os personagens de certa forma deixaram a desejar, e rolou uma forçação de barra no final... Mesmo assim fiquei bastante curiosa para ver como termina a história de Sasha e Ray... Espero poder ler esse livro em breve...
    Beijinhos...

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  13. Depois de ver umas resenhas achei até legal essa confusão toda pra se situar. Bem real porque quantas famílias já não vi que são assim? Um monte de irmãos, umas relações não muito próximas e tal. Achei isso interessante na história e deu vontade de ler por isso. Os sentimentos e temas na trama parecem estar bem legais. Mas já vou ficar atenta com esse final e não esperar muito. Odeio quando colocam algo que acabo achando desnecessário. É chato né =/
    Vou tentar ler, mas sem esperar demais da história.

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  14. Gosto bastante de livros que abordam questões sobre família, pelo fato de que acredito que iremos conseguir nos identificar em diversas ocasiões, entre outros fatores e a relação de vinculo entre eles. Uma pena que a premissa do livro promete mais do que cumpri, além do fato de ter diversos narradores que podem fazer com que a leitura seja confusa em alguns momentos. Me senti atraída pela leitura, no entanto pretendo ainda sim dar uma chance, quem sabe não se torna uma leitura agradável.

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  15. Eu peguei esse livro para ler achava que seria apenas um romance mas o que eu vi era que altura também tratava de assuntos de temas familiares não são os protagonistas e dos personagens em geral como também da própria altura

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  16. Oi Ana ;)
    Nunca li nada da autora, e achei bem interessante seus comentários acerca do livro!
    Me interessei em lê-lo quando vi a editora anunciando esse lançamento, apesar de ter achado a história um tanto confusa.
    Geralmente não gosto de livros com histórias tão confusas assim, mas como a premissa me agradou bastante, vou dar uma chance ao livro. Bem estranho essa família ter parentes em comum, mas ambos os adolescentes nunca terem se encontrado, mas acredito que só lendo para entender o motivo de porque os pais deles fizeram o que fizeram!
    Bjos

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  17. A história é legal, mas entendi seu ponto de vista. A capa tem tudo a ver com o título, gostei muito. Sempre reparo isso nos livros. A história parece deixar um pouco a desejar, mas gostei da premissa do livro.

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