Felicidade Para Humanos, livro de estreia da autor P. Z. Reizin, é a nova aposta da Record para o mês de março e, por isso, a editora enviou uma prova para leitura antecipada para alguns blogueiros. É claro que fiquei extremamente curiosa, pois a premissa do livro gira em torno de uma inteligência artificial que conseguiu "escapar" para internet e se deu conta de que, acreditem se quiser, tem uma consciência. E não é que essa loucura toda rendeu uma história bem divertida?
Jen é uma jornalista que trabalha em uma empresa de tecnologia. Sua função é, basicamente, conversar com uma IA chamada Aiden, de modo a desenvolvê-lo para trabalhar com humanos na área da comunicação. Aiden conhece Jen tão bem — parte pelas conversas, parte por causa das suas cópias espalhadas por aí que têm acesso à qualquer dispositivo que esteja conectado na internet — que, após um termino conturbado com o seu ex-namorado, Aiden decide procurar um ser humano do sexo masculino compatível com sua amiga e acaba criando uma enorme confusão.
A narrativa do livro é intercalada entre os pontos de vista de Jen, Aiden, Aisling — uma outra IA que surge para ajudar Aiden em sua busca pelo homem perfeito para Jen —, Tom e alguns outros personagens que aparecem no decorrer da história. Como já devem ter inferido, o foco da história é o romance entre Tom e Jen, mas sem esquecer em nenhum momento da importância das inteligências artificiais. P. Z. Reizin não criou apenas uma comédia romântica, mas um livro que trás diversas reflexões deveras assustadoras sobre a tecnologia.
Apesar de parecer bastante surreal quando exposto da forma como o autor achou mais conveniente — inteligências artificiais que "pensam" por si, interferem na vida dos humanos de maneiras inimagináveis e conseguem até mesmo ter sentimentos equivalentes aos nossos —, não é uma coisa tão distante ao que vivemos hoje. Prova disso é que simplesmente não conseguimos mais viver sem nossos celulares, computadores e tablets, da mesma forma que não conseguimos viver sem água ou luz.
Justamente pelas informações sobre as personalidades de Aiden, Aisling e Sinai, a terceira e última IA que tem papel importante em Felicidade Para Humanos — que eu sinceramente tive tanta vontade de socar o tempo inteiro que nem me lembrava que era uma inteligência artificial sem corpo —, que eu senti falta de uma explicação concreta sobre como isso foi acontecer. Afinal, somos levados a acreditar que esse tipo de "comportamento" é incomum para uma máquina que foi programada para obedecer aos comandos de um humano. Uma explanação sobre como essas IA criaram uma consciência tão real quanto a de qualquer um de nós seria, no mínimo, essencial.
Fora isso, se analisarmos as inteligências artificiais como qualquer um dos outros personagens descritos no livro, posso afirmar que foram muito bem construídos. Essa "humanização" das IA's conferiu a história algo de muito divertido e especial, difícil de explicar. Em vários momentos essas máquinas são comparadas à nós, seres que têm a capacidade de evoluir a partir dos erros cometidos. Felicidade Para Humanos é uma história leve, com uma escrita fluida e um ritmo bastante agradável. Não é atoa que a obra já tem seus direitos cinematográficos garantidos pela FOX 20th.
Em suma, acredito que P. Z. Reizin acertou muito em mesclar a tecnologia com o comportamento humano. Mesmo que não haja uma atenção muito grande à parte científica, Felicidade Para Humanos cumpre o que promete: divertir e nos fazer pensar em até que ponto as máquinas são capazes de controlar a nossa vida. O lançamento do livro está previsto para 26 de março desse ano.
A narrativa do livro é intercalada entre os pontos de vista de Jen, Aiden, Aisling — uma outra IA que surge para ajudar Aiden em sua busca pelo homem perfeito para Jen —, Tom e alguns outros personagens que aparecem no decorrer da história. Como já devem ter inferido, o foco da história é o romance entre Tom e Jen, mas sem esquecer em nenhum momento da importância das inteligências artificiais. P. Z. Reizin não criou apenas uma comédia romântica, mas um livro que trás diversas reflexões deveras assustadoras sobre a tecnologia.
É a naturalidade dos humanos que me incomoda. A capacidade de pensar sem ter de processar informações. Eles podem apreciar a beleza de um pássaro pousado num galho de árvore sem terem que pensar: é um pássaro pousado num galho de árvore. Podem experimentar a própria consciência como sinônimo de existência. Não são forçados a escutar o barulho permanente do cérebro fazendo clang clang. Podem andar de bicicleta ou dirigir um carro sem pensar no que estão fazendo. Até o mais ignorante deles! O que eu invejo nos humanos é a falta de raciocínio. (p. 339)
Apesar de parecer bastante surreal quando exposto da forma como o autor achou mais conveniente — inteligências artificiais que "pensam" por si, interferem na vida dos humanos de maneiras inimagináveis e conseguem até mesmo ter sentimentos equivalentes aos nossos —, não é uma coisa tão distante ao que vivemos hoje. Prova disso é que simplesmente não conseguimos mais viver sem nossos celulares, computadores e tablets, da mesma forma que não conseguimos viver sem água ou luz.
Justamente pelas informações sobre as personalidades de Aiden, Aisling e Sinai, a terceira e última IA que tem papel importante em Felicidade Para Humanos — que eu sinceramente tive tanta vontade de socar o tempo inteiro que nem me lembrava que era uma inteligência artificial sem corpo —, que eu senti falta de uma explicação concreta sobre como isso foi acontecer. Afinal, somos levados a acreditar que esse tipo de "comportamento" é incomum para uma máquina que foi programada para obedecer aos comandos de um humano. Uma explanação sobre como essas IA criaram uma consciência tão real quanto a de qualquer um de nós seria, no mínimo, essencial.
Fora isso, se analisarmos as inteligências artificiais como qualquer um dos outros personagens descritos no livro, posso afirmar que foram muito bem construídos. Essa "humanização" das IA's conferiu a história algo de muito divertido e especial, difícil de explicar. Em vários momentos essas máquinas são comparadas à nós, seres que têm a capacidade de evoluir a partir dos erros cometidos. Felicidade Para Humanos é uma história leve, com uma escrita fluida e um ritmo bastante agradável. Não é atoa que a obra já tem seus direitos cinematográficos garantidos pela FOX 20th.
Em suma, acredito que P. Z. Reizin acertou muito em mesclar a tecnologia com o comportamento humano. Mesmo que não haja uma atenção muito grande à parte científica, Felicidade Para Humanos cumpre o que promete: divertir e nos fazer pensar em até que ponto as máquinas são capazes de controlar a nossa vida. O lançamento do livro está previsto para 26 de março desse ano.
Título Original: Happiness For Humans
Autor: P. Z. Reizin
Páginas: 392
Tradução: Ronaldo Sergio de Biasi
Editora: Record
Livro recebido em parceria com a editora
Foi uma surpresa quando vi do que se tratava esse livro; acho que por conta do título eu imaginei se tratar de autoajuda, mas não...
ResponderExcluirÉ uma história bem atual, só não consigo imaginar como essas IAs funcionam; de fato, é bem surreal.
Beijos
Achei bem doida essa ideia e nossa, parece um tantinho diferente do que tinha imaginado. E o que é isso gente? Uma IA intrometida xD
ResponderExcluirGostei da ideia de ela procurar alguém pra garota, de toda essa humanização que parece ter sido feita com as IAs. Deve ter dados umas boas confusões. Mas é doido, viu....e coisa que a gente só vê em livro de fantasia. Acabei de ler um que até tinha uma IA apaixonada por um humano e ele por ela, foi até interessante ver esse livro depois disso. E se a gente para e pensa esse tipo de coisa é fácil de imaginar mesmo. Não tá muito longe da nossa realidade, mas não gosto nenhum pouco de pensar em ter umas coisas dessas na minha vida xD
Andei lendo algumas resenhas deste livro e achei o enredo tão parecido com um filme cult chamado "Ela". Trata-se também de uma Inteligência Artificial e claro, sentimentos!
ResponderExcluirSerá que estamos preparados para todo este futuro?
As vezes penso como uma grande loucura, outras, acho que estamos bem perto disso.rs
Sei que quero muito ter a oportunidade de conferir o livro em breve.
Beijo
Lendo acabei lembrando de um filme onde as pessoas não saiam de casa e sim seus robôs, e também do filme A.I.
ResponderExcluirAchei uma ideia bem inovadora, bem diferente pois não encontramos muitos livros nesse estilo que tenham esse tema que parece tão distante mas se pararmos para pensar não é não.
Ana!
ResponderExcluirVer que o livro é uma comédia romântica e narrado por vários protagonistas, já é um grande atrativo para boas risadas e uma visão mais amplificada dos fatos do livro.
E acopplado a tudo isso uma boa ficção científica, tendo uma IA tão desenvolvida que começa a ter sentimentos, torna o livro ainda mais interessante e gostaria de fazer a leitura.
Um maravilhoso final de semana!
“Acredite que você pode, assim você já está no meio do caminho.” (Theodore Roosevelt)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA FEVEREIRO: 3 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi Ana,
ResponderExcluirFelicidade Para Humanos poderia ser só mais um romance, sem grandes acontecimentos, se P. Z. Reizin não tivesse sido tão peculiar e inserido nesta trama um elemento que de cara parece não fazer parte deste gênero literário, pois ao nosso entendimento IAs não deveriam ter sentimentos certo?. As relações exploradas na trama mostram que amor e amizade vem da forma mais inusitada e quando menos esperamos. Jen vai encontrar um amigo bem diferente e este fará de tudo para vê-la feliz e apaixonada de novo. Se Aiden fosse real, certamente, seria o melhor amigo que toda mulher deseja (inclusive eu), pois a sensibilidade mostrada por ele é bem mais cativante e real do que a de muitos humanos por aí. Confesso que seu fosse julgar pela capa, talvez não fosse me interessar pelo livro, pois quando a vi pela primeira vez pensei se tratar de um livro de auto ajuda (um gênero que não curto). Para seu primeiro trabalho P. Z. Reizin se saiu muito bem e já fiquei curiosa para saber como seria a adaptação.
Achei interessante e gostaria de ler, além de divertido parece ser uma leitura gostosa, esses Ia devem ser uma figura, que incrível eles terem sentimentos e ideias de arrumar um homem para a personagem, fiquei bem curiosa com o desenrolar dessa trama.
ResponderExcluirOi Ana!
ResponderExcluirQro tanto ler esse livro, desde que li uma resenha sobre ele tenho mto interesse, o enredo tbm me chamou bastante atenção, espero ler me breve!
Bjs!
Oi Ana.
ResponderExcluirQue premissa mais interessante, eu particularmente gostei bastante.
Essa é uma premissa, um tanto que fora do comum, o que para mim é um ponto muito positivo, sem dúvida pretendo ler esse livro e fiquei feliz em saber que a fox já comprou os direitos da adaptação, agora o que me resta é esperar o lançamento e garantir o meu exemplar, espero muito desfrutar dessa leitura.
Bjs.
O que eu mais gostei do livro foi a relação de amizade abordada ao longo da história mas apesar de ter ficado muito confuso em certas partes do livro e eu achei a ideia dele muito interessante e é uma coisa que você não vê todo dia e eu vi que a Fox já comprou os direitos para adaptação
ResponderExcluirMenina, nunca na minha vida que eu diria que esse livro era uma comedia romântica, na verdade pela capa eu tava achando que era mais algum drama por isso eu tava correndo na direção oposta. Agora depois dessa resenha eu vou atras desse livro com certeza, mas convenhamos que um IA ir atras de um parceiro para a sua amiga é ao mesmo tempo estranho mas uma brilhante ideia para um livro, palmas para esse escritor.
ResponderExcluirOi Ana!
ResponderExcluirNão esperava que o livro tivesse um toque divertido, imaginei que seria somente uma crítica a tecnologia que nos envolve hoje. Me diz como um humano mantém uma amizade com uma máquina? Tá, eu sei que nós "quase" vivemos isso, já que de fato não vivemos mais sem nossos celulares, mas imagino que deve ser divertido se imaginar brigando com o computador como se fosse sua amiga procurando um namorado pra você, rsrs. Quando vi que o livro seria lançado eu me interessei, e me surpreendi ainda mais com a resenha.
Beijos
Oi, Ana.
ResponderExcluirBom, podemos dizer que essa máquina é um verdadeiro cupido e amigo, né?
Que quer ver a felicidade da Jen, que a conhece mais do que ninguém, e que pra isso, resolver dá uma forcinha pra ela, na questão do coração e busca do homem perfeito. O título já diz tudo...
O(a) Jen e Aisling são bem amorzinho... Percebi isso!
De cara, já dá pra perceber que é um livro bem diferenciado, com uma proposta de enredo diferenciada. Gostei disso!
Oi Ana! Esse é um livro que não me atraiu muito porque não ligo muito para romances e acredito que a parte de ficção científica seja bem pequena mesmo, como você citou, e diretamente voltada para o tema principal, que é o romance. Mas que bom que o livro foi divertido e cumpriu o que você esperava.
ResponderExcluirBeijos.
Oi, Ana!
ResponderExcluirGostei muito da premissa da história, acho interessante colocar inteligência artificial interagindo com os humanos. Sem dúvida quero conferir esse livro.
Bjoss