Eu só precisei ler a palavra "Palestina" para me interessar por esse livro, que conta a história dos irmãos Nazmiyeh, Mamdouh e Mariam — do mais velho para o mais novo. Ainda muito jovens, eles se veem obrigados a partirem para Gaza com a mãe, viúva, e o restante da família quando Beit Daras, a vila em que viviam, é bombardeada por forças Israelenses.
Sou obrigada a dizer que O Azul Entre o Céu e a Água demorou um pouco para me conquistar, principalmente porque a história não estava fazendo muito sentido para mim até pelo menos a página 50. Muitos personagens eram citados sem nem mesmo terem sido introduzidos à história e, apesar de obedecer uma certa ordem cronológica, muitos fatos eram simplesmente jogados nas páginas — coisas que só fui entender muitos capítulos depois.
Quando eu já estava achando que a história não ia engatar por nada e que eu ia ter que desistir de ler quando uma coisa acontece com Nazmiyeh e dá um rumo totalmente diferente para o livro. Ela, de certa forma, se torna o ponto central, um elo que liga uma rede de irmãos, filhos e netos que dão voz a uma história maravilhosa, mesmo que muito triste.
O Azul Entre o Céu e a Água é narrado em terceira pessoa, intercalando os pontos de vista de, na maior parte, Nazmiyeh, sua filha Alwan e sua sobrinha-neta Nur. Susan Abulhawa vai do Oriente Médio à America do Norte em uma virada de página, percorrendo culturas e nos dando informações que provavelmente não encontraríamos em nenhum outro lugar.
Pesquisando um pouco mais sobre Susan Abulhawa, descobri que ela nasceu em um campo de refugiados em 1967, quando Israel capturou o que restava da Palestina, incluindo Jerusalém. É justamente por isso que acredito que, assim como em A Cicatriz de David, sua publicação mais famosa, há muito dela mesma em O Azul Entre o Céu e a Água também.
Não acredito que esse livro é uma história sobre guerra, apesar de ela estar presente em praticamente todas as páginas. Fala muito mais sobre família, amor e luto. Existem muitos trechos tristes e emocionantes e muitos que nos fazem pensar também, mas acima de tudo, O Azul Entre o Céu e a Água passa uma mensagem super importante de união.
Quando eu já estava achando que a história não ia engatar por nada e que eu ia ter que desistir de ler quando uma coisa acontece com Nazmiyeh e dá um rumo totalmente diferente para o livro. Ela, de certa forma, se torna o ponto central, um elo que liga uma rede de irmãos, filhos e netos que dão voz a uma história maravilhosa, mesmo que muito triste.
— As histórias são muito importantes. Somos compostos por elas. O coração humano é feito das palavras que a gente põe nele. Se um dia alguém disser coisas cruéis pra você, não deixe que essas palavras entrem no seu coração. Tome cuidado pra não pôr palavras cruéis no coração dos outros também. — pág. 83
O Azul Entre o Céu e a Água é narrado em terceira pessoa, intercalando os pontos de vista de, na maior parte, Nazmiyeh, sua filha Alwan e sua sobrinha-neta Nur. Susan Abulhawa vai do Oriente Médio à America do Norte em uma virada de página, percorrendo culturas e nos dando informações que provavelmente não encontraríamos em nenhum outro lugar.
Pesquisando um pouco mais sobre Susan Abulhawa, descobri que ela nasceu em um campo de refugiados em 1967, quando Israel capturou o que restava da Palestina, incluindo Jerusalém. É justamente por isso que acredito que, assim como em A Cicatriz de David, sua publicação mais famosa, há muito dela mesma em O Azul Entre o Céu e a Água também.
Não acredito que esse livro é uma história sobre guerra, apesar de ela estar presente em praticamente todas as páginas. Fala muito mais sobre família, amor e luto. Existem muitos trechos tristes e emocionantes e muitos que nos fazem pensar também, mas acima de tudo, O Azul Entre o Céu e a Água passa uma mensagem super importante de união.
Título Original: The Blue Between the Sky and Water
Autora: Susan Abulhawa
Páginas: 322
Tradução: Jeane D. Clack
Editora: Bertrand Brasil
Livro recebido em parceria com a editora
Parece ser uma leitura forte impactante e emocionante. Que nos faz pensar e refletir além de valorizar mais nossa própria vida.
ResponderExcluirAinda não tive a chance de ler nada que se passe na Palestina, são tantos livros que nunca nem ouvi falar e esse é um desses. Mas gostei de saber sobre ele, fiquei interessada para saber o que aconteceu com Nazmiyeh e que fez com que a história desenvolvesse.
ResponderExcluirEspero ter a chance de conhecer essa história algum dia.
Beijos
Ana!
ResponderExcluirInteressante como a escrita de uma autora, pode transformar totalmente um enredo que poderia ser bem doloroso por falar em guerra, em algo como os dramas familiares.
Gostei de saber que é ambientado na Palestina.
Fico confusa quando tem muitas personagens, mas que bom que deu para engrenar a leitura.
Desejo um ótimo final de semana e feriadão!
“Os piores estranhos são aqueles que vivem na mesma casa e fingem que se conhecem. Conversam banalidades, mas nunca o essencial.” (Augusto Cury)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA ABRIL – ANIVERSÁRIO DO BLOG: 5 livros + vários kits, 7 ganhadores, participem! BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Nunca li um livro que se passasse na Palestina, então seria um cenário bem diferente pra mim. O livro parece ser bem impactante, regado de reflexões e sentimentos. As vezes não estamos gostando tanto do livro, ainda não estamos presas na história, mas de repente algo muda e nos fisga e nesse momento vemos o quão importante foi não desistir da leitura.
ResponderExcluirSempre que ouvimos ou lemos algo sobre Palestina, vem aqueles rostos tristes fugindo da guerra em nossa mente. Lamentável..pois tenho certeza que é um lugar que deve ter muitas belezas,mas a gente só conhece a dor.
ResponderExcluirO título do livro é maravilhoso e eu não conhecia. Família, união, perdas e guerra.
Tudo junto e misturado e se eu tiver oportunidade, quero muito poder conhecer o livro.
Beijo
Interessante pela cultura e coisas que explora disso, achei chamativo. E mesmo que o começo possa não dar aquela animada parece valer a pena continuar vendo onde essa história vai parar. Os pontos de vista também me agradam. Gosto de ver por outros olhos, ter mais informações...
ResponderExcluirLeria.
Olá Ana!
ResponderExcluirNão tinha ouvido flar do livro ainda, gostei mto de conhecer, e não imaginava que se passava em eum guerra, achei super interessante, vou add aos desejados e torcer pra que surja uma oportunidade logo pra ler. Adorei a capa!
Bjs!
Oi, Ana!!!
ResponderExcluirNunca li nenhum livro sobre a Palestina. Achei o livro bem interessante sem dúvida é uma história para se refletir.
Bjos
Oi Ana.
ResponderExcluirAinda não li nenhuma história que se passasse na Palestina. Eu leria esse livro só por esse motivo.
Gosto bastante de histórias que são compostas por tramas secundárias que se conectam com a principal em algum momento.
Fiquei bem interessada em ler esse livro, mesmo que o foco não seja a guerra propriamente dita.
Beijos
Oi!
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro, geralmente não vemos muitos livros explorando esse temas, por isso esse logo me chamou atenção, achei interessante ele contar a historia de varias gerações de uma família, mesmo esse começo sendo meio confuso !!
Oi Ana,
ResponderExcluirA primeira coisa que pensei quando soube um pouco da história da autora é como o livro traz os sentimentos dela na história. Mesmo retratando o amor e família, não dá para negar o lado triste que o livro traz, mostra muito a realidade de várias pessoas... Confesso que não esperava nada parecido quando olhei para ele, foi uma bela surpresa, e como estou tentando ler mais livros que falam sobre esse ataques, irei colocar nos meus desejados!
Beijos
Oi, Ana.
ResponderExcluirAcredito que a Susan tinha muita coisa pra contar, principalmente após viver essa experiência, quando não viu outra alternativa... A não ser fugir.
O livro proporciona uma leitura bem envolvente e que nos emociona pelo visto. Tramas que envolvem guerra, são sempre tristes, mas que fazem os personagens superar os obstáculos para continuar suas vidas e lutar por algo melhor para si e para sua família. Sem dúvidas que é uma leitura cheia de aprendizados!!
ResponderExcluirPor mais triste que seja o pano de fundo da história, saber contá-la é o que realmente importa. Susan passou pelos horrores de um campo de refugiados, fala muito disso em suas histórias, mas escreve lindamente, de uma forma sensível. A guerra traz dor, o luto pela perda, e nessas horas vc se apega a quem é seu pilar, a família.
ResponderExcluirParece ser um pouco complicado no começo, com esses personagens citados e fatos jogados eu mesmo fico confusa quando é assim. Gosto quando tem culturas nas historias as vezes aparece umas coisas que nem fazia ideia que existiam. Deve ser uma leitura que mexe com os nossos sentimentos, os temas são tristes.
ResponderExcluirOi Ana!
ResponderExcluirVejo que essa história realmente se trata de uma família em um contexto de guerra aonde o maior foco não é esse mas ainda assim é retratado de forma excelente, e com uma veracidade maior devido ao sofrido pela própria autora. Com certeza é uma história pra ensinar um pouco.
Bjs
Esse livro tem uma història profunda. É ruim quando a leitura não flui no inicio e da a dúvida se continua ou não. Mas que bom que deu para ir até o final e trouxe a resenha para nòs.
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