Eu tinha vontade de ler Justin desde o ano passado, quando a editora Nemo divulgou o lançamento. Identidade de gênero é um tema atual e muito discutido, principalmente quando se diz respeito à aceitação. Justine sabe que é um menino preso no corpo de uma menina desde que se entende por gente, mas nunca foi ouvida, muito menos aceita. Então, acompanhamos aqui a jornada de um jovem em busca de respostas e, de certa forma, acolhimento.
O quadrinho é sob o ponto de vista do próprio protagonista, que narra para sua história desde a infância até o ponto em que se encontra naquele momento, em busca de um profissional que o entendesse e que não sugerisse formas de tratamento absurdas. Hoje, no século XXI, a ciência já provou que a transexualidade é uma condição real não ligada à transtornos mentais, mas ainda assim a história criada por Gauthier ― que se passa em meados de 1980 ― se assemelha a de milhares de pessoas que são obrigadas pela sociedade a seguirem um padrão.
Apesar do teor extremamente importante e da linguagem fácil e acessível, Justin não é uma história profunda. É possível acompanhar diversos momentos da vida do personagem, mas nenhum é retratado com muita emoção, digamos assim. A sensação que eu tive é que eu podia estar lendo a história de qualquer pessoa, pois não há, de fato, amostras sobre o íntimo do personagem. A verdade é que eu estava esperando mais e isso acabou me decepcionando bastante.
Ainda considero Justin uma graphic novel boa, mas que poderia ser infinitamente melhor trabalhada, inserindo um pouco mais da realidade que os transexuais vivem ― acreditem, não sabemos da missa a metade. De leitura rápida, acredito que a história de Justin sirva, no mínimo, para exercitarmos nossa empatia e compreendermos, mesmo que pouco, uma realidade tão distante da nossa.
Apesar do teor extremamente importante e da linguagem fácil e acessível, Justin não é uma história profunda. É possível acompanhar diversos momentos da vida do personagem, mas nenhum é retratado com muita emoção, digamos assim. A sensação que eu tive é que eu podia estar lendo a história de qualquer pessoa, pois não há, de fato, amostras sobre o íntimo do personagem. A verdade é que eu estava esperando mais e isso acabou me decepcionando bastante.
Ainda considero Justin uma graphic novel boa, mas que poderia ser infinitamente melhor trabalhada, inserindo um pouco mais da realidade que os transexuais vivem ― acreditem, não sabemos da missa a metade. De leitura rápida, acredito que a história de Justin sirva, no mínimo, para exercitarmos nossa empatia e compreendermos, mesmo que pouco, uma realidade tão distante da nossa.
Título Original: Justin
Autora: Gauthier
Páginas: 104
Tradução: Fernando Scheibe
Editora: Nemo
Livro recebido em parceria com a editora
Com traços simples porém intensos Gauthier em uma conversa com o leitor sobre a transexualidade.
ResponderExcluirJustine vai se descobrindo/aceitando Justin aos poucos vencendo a si própria (o) e ao preconceito.
Uma história tocante que todos deveriam ler.
É realmente bem simples e passa o que queria passar, mas acho que eu esperava algo um pouquinho mais profundo. Não deixa de ser bom, mas né...
ExcluirEu acabo não lendo muitos quadrinhos, mas gostei do tema abordado e das ilustrações.
ResponderExcluirSempre acho fascinante como transmitem tanto através das Hq's.
Beijos
Desde que vi esta Hq pela primeira vez, me apaixonei pelos traços das ilustrações.
ResponderExcluirPode até não ter sido tão bem aprofundado todo o drama, dificuldades e aceitação sobre os trans, acredito também que nós nunca saberemos de fato o quão tudo isso é pesado, mas mesmo assim, talvez seja apenas uma janelinha para que o assunto seja debatido e discutido!
Quantas e quantos Justin existem por aí?
Com certeza, quero ter e ler!!!
Beijo
Verdade, acho que pode ser um livro introdutório para o assunto. É fácil de ler e de entender, então seria bem legal se mais pessoas tivessem acesso.
ExcluirJá vi falar dela e parece uma história bem legal pela representatividade. Claro que tem muito que a gente não sabe e achei interessante falar que poderiam ter trabalhado um pouco mais nisso, mas é diferente e muito bom ter personagens assim nesse tipo de história. Não vejo tanto do assunto. É uma dica legal. Só que também esperaria bem mais sentimentos e profundidade da história e pelo visto ela ta bem ok, normal, sem muito disso.
ResponderExcluirOi, Ana!!
ResponderExcluirAinda não conhecia esse quadrinho que traz um tema tão importante como a transexualidade.Fiquei bem curiosa em conhecer esse quadrinho mesmo que o tema não tenha sido tão bem abordado assim e gostei muito dos traços que o Gauthier colocou nessa história.
Bjos
Gosto de livros que mostrem simplicidade, ilustrações e criatividade, é isso que chamou a minha atenção nesse livro. Então é algo que tenho interesse nessa história.
ResponderExcluirOi, Ana.
ResponderExcluirO tema é importante de ser lido e discutido sempre.
Pena que essa graphic novel não trouxe mais emoção, um desenvolvimento melhor, mas talvez seja por ter de ser rápida na escrita, por isso prefiro ler romances, rsrs
bjs
Olá, Ana
ResponderExcluirMesmo com ilustrações bem simples sem cor, esta edição é linda.
A capa também chama atenção uma pena o conteúdo não ser mais aproveitado, mas penso que é uma leitura válida.
Beijos