Digamos que eu não sou uma especialista em thrillers psicológicos, já que é um gênero que não leio com tanta frequência — não que eu não goste, só tenho outras preferências —, mas acredito que ainda assim tenho um pouco de crédito para falar sobre Menina Boa Menina Má, um livro que sinceramente deixa muito a desejar.
Nessa obra, Ali Land dá voz a Annie, uma menina de 15 anos que é filha de uma psicopata. A mãe da garota usava sua profissão de enfermeira para atrair crianças, que ficavam presas em um quarto, o Playground, até que a mulher resolvesse matá-los. A mãe de Annie matou 9 crianças, mas o último menininho foi a gota d'água para ela. Após entregá-la para a polícia, Annie foi encaminhada para um lar temporário e, então, se tornou Millie.
Millie é acolhida por uma família deveras problemática: Mike, um psicólogo centrado até demais que fará de tudo para que a garota se sinta o mais confortável possível; Saskia, a esposa depressiva que esconde um lado que ninguém imagina; e Phoebe, a filha do casal, uma adolescente insuportável que só sabe distribuir ódio gratuitamente para todo mundo, o tempo inteiro.
Então, para mim, o primeiro ponto negativo dessa história é a Phoebe. Ela tem a mesma idade de Millie, mas seu comportamento é o mesmo de uma criancinha que não aceita ser contrariada. Eu não tenho um pingo de paciência com essas coisas, principalmente quando os pais ficam passando a mão na cabeça e fingindo que os filhos não têm problema, como é o caso aqui. Ah, faça-me o favor, quem que aguenta páginas e mais páginas de uma adolescente mimada fazendo ruindade a troco de nada?
A narrativa em si, que é em primeira pessoa sob o ponto de vista da protagonista, é até legal, mas também não entrega nada de novo. O enredo é super interessante, tanto é que é justamente ele que mantém o leitor focado: quem não quer saber até que ponto viver com um serial killer influencia na personalidade da pessoa? Só que a história acaba sendo muito previsível, a própria sinopse, inclusive, entrega o que irá acontecer no final.
Os meus sentimentos em relação à Millie ainda estão deveras nebulosos. Quer dizer, ela não é exatamente cativante, mas também não é detestável. A conclusão que eu tiro disso é que não existe nenhum ser humano 100% bom ou 100% mau. A gente tente a reagir às situações de acordo com nossas emoções, o que é normal. Não consegui julgar Millie por nada, porém não consegui sentir um pingo de dó, tampouco. No final, acho que está tudo bem.
De um moro geral, Menina Boa Menina Má não é um livro ruim, só acho que podia ter sido melhor desenvolvido. A realidade é que tendo em vista o enredo, eu esperava muito mais desse livro. Porém, uma coisa que passou pela minha cabeça enquanto avançava nas páginas é que a história de Ali Land daria um ótimo filme. Enfim, eu não desgostei de tudo, só esperava um pouquinho mais, realmente.
Nessa obra, Ali Land dá voz a Annie, uma menina de 15 anos que é filha de uma psicopata. A mãe da garota usava sua profissão de enfermeira para atrair crianças, que ficavam presas em um quarto, o Playground, até que a mulher resolvesse matá-los. A mãe de Annie matou 9 crianças, mas o último menininho foi a gota d'água para ela. Após entregá-la para a polícia, Annie foi encaminhada para um lar temporário e, então, se tornou Millie.
Millie é acolhida por uma família deveras problemática: Mike, um psicólogo centrado até demais que fará de tudo para que a garota se sinta o mais confortável possível; Saskia, a esposa depressiva que esconde um lado que ninguém imagina; e Phoebe, a filha do casal, uma adolescente insuportável que só sabe distribuir ódio gratuitamente para todo mundo, o tempo inteiro.
Li num livro uma vez que gente violenta tem a cabela quente, enquanto psicopatas são frios de coração. Quente e frio. Cabeça e coração. Mas e se a gente sai de uma pessoa que é as duas coisas? O que acontece?
Então, para mim, o primeiro ponto negativo dessa história é a Phoebe. Ela tem a mesma idade de Millie, mas seu comportamento é o mesmo de uma criancinha que não aceita ser contrariada. Eu não tenho um pingo de paciência com essas coisas, principalmente quando os pais ficam passando a mão na cabeça e fingindo que os filhos não têm problema, como é o caso aqui. Ah, faça-me o favor, quem que aguenta páginas e mais páginas de uma adolescente mimada fazendo ruindade a troco de nada?
A narrativa em si, que é em primeira pessoa sob o ponto de vista da protagonista, é até legal, mas também não entrega nada de novo. O enredo é super interessante, tanto é que é justamente ele que mantém o leitor focado: quem não quer saber até que ponto viver com um serial killer influencia na personalidade da pessoa? Só que a história acaba sendo muito previsível, a própria sinopse, inclusive, entrega o que irá acontecer no final.
Os meus sentimentos em relação à Millie ainda estão deveras nebulosos. Quer dizer, ela não é exatamente cativante, mas também não é detestável. A conclusão que eu tiro disso é que não existe nenhum ser humano 100% bom ou 100% mau. A gente tente a reagir às situações de acordo com nossas emoções, o que é normal. Não consegui julgar Millie por nada, porém não consegui sentir um pingo de dó, tampouco. No final, acho que está tudo bem.
De um moro geral, Menina Boa Menina Má não é um livro ruim, só acho que podia ter sido melhor desenvolvido. A realidade é que tendo em vista o enredo, eu esperava muito mais desse livro. Porém, uma coisa que passou pela minha cabeça enquanto avançava nas páginas é que a história de Ali Land daria um ótimo filme. Enfim, eu não desgostei de tudo, só esperava um pouquinho mais, realmente.
Título Original: Good Me Bad Me
Autora: Ali Land
Páginas: 376
Tradução: Claudia Costa Guimarães
Editora: Record
Livro recebido em parceria com a editora
Annie/Milly é uma personagem bem complexa não é? Ela tem um comportamento um tanto quanto dúbio. Seria ela tão diferente da mãe? Será que um dia a maldade que existe nele eclodirá e terá o mesmo destino da mãe?
ResponderExcluirEu curto thrillers psicológicos e esse é bem intenso
Comentei que acho que Milly é um ser humano como qualquer outro, que toma decisões visando aquilo que convém para ela. Acho que todos nós somos um pouco assim. Gosto do gênero também, apesar de não ser o meu preferido.
ExcluirANA!
ResponderExcluirNão tinha lido ainda nenhuma resenha desse livro e estava curiosa, porque gosto muito quando o livro é mais para thriller psicológico do que terror puro.
Ver a mudança que acontece com a protagonista nno decorrer do livro, deve ser impactante.
Quero ter o prazer de ler.
cheirinhos
Rudy
Eu não tenho crédito nenhum para falar sobre thrillers psicológicos, não é um gênero que me agrada.
ResponderExcluirAcho esse um tanto desconfortável, mas gostei de saber dos pontos negativos; é uma pena para quem gosta porque tinha tudo para ser bom.
Beijos
Estava lendo a resenha e olhando o meu livrinho ali na estante..rs Ainda falta um pouco para que eu chegue nele na fila de leitura,mas sinceramente não vejo a hora disso acontecer!(sou meio pé no saco com filas..rs as respeito)
ResponderExcluirA capa é um escândalo de linda e não me recordo de ter lido nenhuma resenha negativa dele, mesmo na época do seu lançamento.
Acredito que todos nós sejamos realmente seres feitos de bondade e maldade e que vence sempre quem alimentamos mais.(clichê)
Mas no caso da história, talvez seja isso. Um amor que "sobrevive" ao ódio e a maldade? Será possível?
Como amo thriller, com certeza, acho que terei uma visão diferente do enredo!
Lerei!
Beijo
Vishi, esses livros do gênero com personagem irritante e tudo errado me enjoa. Uma coisa que tem muito em livro assim é aquela pessoa que tem tudo de errado, seja uma garota mimada ou um cara ou sei lá o que, e que fingem ser normal, coisa de idade e troços assim. Faz pra irritar o leitor mesmo. Mas achei interessante isso de mostrar que nem todos são totalmente bons ou ruins, isso fica interessante por ser mais humano, mostrar personagens mais humanos. Só que o livro não me chamou muita atenção. A história, personagens...ah, sei lá. Parece que iria passar mais raiva que gostar. Já tinha visto coisas dele que me deixaram pé atrás e nada melhorou.
ResponderExcluirOi Ana,
ResponderExcluirMenina Boa Menina Má trás um tema que rende muita discussão e por mais que tenhamos muitos livros publicados do gênero, poucos abordaram essa questão. Até que ponto a maldade/crueldade influencia e marca uma pessoa? Como determinar se alguém virá a ser um criminoso se um dos progenitores o for ou pela simples convivência? O livro é para mexer com o psicológico do leitor, pois a autora focou em um lado da história que sempre é negligenciado. Milly ainda é muito nova, mas já presenciou muita crueldade e isso me intriga, pois fico imaginando o que se passa em sua cabeça, como se ela consegue diferenciar o certo e errado por exemplo. Denunciar a mãe foi a atitude correta, mas ainda assim, é sua mãe. Lendo a resenha não fiquei convencida da escolha da autora em colocar Milly convivendo com seu psicólogo, sem falar em toda a problemática família, mas terei que ler o livro para compreender sua justificativa. Como o livro é um thriller é claro que vou querer ler, mas não imediatamente.
O tema que o livro traz é bastante interessante. Nunca sabemos o que se passa na mente de um jovem que viveu com um psicopata assassino.
ResponderExcluirEu não leio thrillers psicológicos, mas pelo o que li na resenha, a história deveria ter sido trabalhada melhor, realmente.
Sinceramente não é um livro que me atraiu, apesar do tema ser bem chama tipo.
Esperava mais.
Bjos
Oi, Ana
ResponderExcluirThriller é um dos meus gêneros favoritos, namoro esse livro desde seu lançamento. A capa do livro é linda.
Acredito que nem todo mundo é 100% bom ou mal, temos as duas virtudes, a proporção e intensidade cada um que escolhe qual ter mais.
Mesmo eu gostando do gênero é muito difícil aceitar que o enredo poderia ser mais trabalhado e não foi, decepciona um pouco.
Quero ter oportunidade para ler, beijos!
Olá! Curto muito um thrillers psicológicos, essa é a primeira resenha que leio desse livro, fiquei bastante interessada em conferi tudo que foi dito aqui.
ResponderExcluirBjs
Não gosto muito de thriller, mas achei esse bem interessante por conta da Millie.
ResponderExcluirGente, coitada, que vida.
Mas essa família que abriga ela é outra furada, hein... com adolescente mimada, perdi a vontade de ler, rsrsrsrs
bjs
Oi, Ana!!
ResponderExcluirGosto bastante de thrillers psicológicos e achei a premissa bem interessante. Mas que pena que o autor entrega tanto e acaba tornando a história tão previsível e também achei a personagem da Phoebe é bem mimada e chatinha.
Bjoss
Também gostei muito da premissa, teria sido muito melhor se mudasse algumas coisinhas aqui ou ali, mas no geral foi uma leitura satisfatória.
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