Tenho para mim que uma história não precisa de muitos detalhes ou mil reviravoltas para ser boa. Tudo depende de como as coisas são contadas. Deslocamento: Um Diário de Viagem é um quadrinho autobiográfico sobre as aventuras e confusões que Lucy Knisley passa com seus avós de mais de 90 anos a bordo de um cruzeiro para o Caribe. Não tem nada de absurdo, na verdade é tudo muito simples, mas emociona muito por sua delicadeza.
As 144 páginas desse livro estão preenchidas com ilustrações super bonitas e coloridas, se iniciando no momento em que Knisley, uma mulher de vinte e tantos anos, decide acompanhar os avós no bendito cruzeiro. A história toda é muito sensível justamente pelo fato do casal ser bem, bem velhinho e debilitado. É um pouco difícil para a neta aceitar o impacto do anos: como pode sua avó, uma professora, estar com problemas de memórias? E seu avô, um veterano de guerra, não ter um pingo de controle sobre sua própria bexiga?
Em diversos momentos eu me senti muito triste, porque as pessoas têm muito preconceito com os velhinhos de uma maneira geral. Além disso, é muito difícil alguém demonstrar um pouco de empatia com esse tipo de dificuldade. Tem uma cena que exprime isso muito bem, que é quando o avôzinho está passando mal e Lucy coloca os dois sentadinhos em uns bancos e um cara super mal encarado chega falando que os lugares estão reservados. Gente do céu, como pode uma pessoa ter um coração tão ruim?
Um dos maiores companheiros de Lucy durante a viagem é um diário do avô, da época em que ele lutava na guerra. Só consegui pensar na fragilidade da vida nesses momentos em que a moça lia as lembranças do avô, uma imagem totalmente diferente, já que naquele tempo ele era muito mais novo e forte. Acho que muitas vezes a gente apaga da memória que todo mundo já foi jovem um dia, inclusive nossos avós, rs. É fato que Lucy aprende muito sobre a vida nessa viagem.
Outro assunto muito retratado por Lucy em seu relato é a dificuldade que os avós tinham de demonstrar os sentimentos. Ela mesma dizia que nunca deixava de dizer um "eu te amo", mesmo que não ouvisse de volta. E realmente, olhando meu relacionamento com os meus avós, percebi que eles nunca foram muito de demonstrar amor verbalmente. Mas é aquele ditado, né, às vezes as ações valem muito mais. Sempre lembro do meu vô aparecendo lá em casa do nada só para levar as frutas que eu mais gostava para mim. Essas coisinhas não têm preço.
Eu realmente gostei de Deslocamento: Um Diário de Viagem. Primeiro porque tudo o que Lucy narra me fez lembrar das minhas aventuras com os meus avós. Em segundo lugar porque me fez (re)pensar bastante nas dificuldades que a gente teima em colocar pra realizar nossas vontades e que, no fim das contas, nunca é tarde para alcançar nossos sonhos.
Em diversos momentos eu me senti muito triste, porque as pessoas têm muito preconceito com os velhinhos de uma maneira geral. Além disso, é muito difícil alguém demonstrar um pouco de empatia com esse tipo de dificuldade. Tem uma cena que exprime isso muito bem, que é quando o avôzinho está passando mal e Lucy coloca os dois sentadinhos em uns bancos e um cara super mal encarado chega falando que os lugares estão reservados. Gente do céu, como pode uma pessoa ter um coração tão ruim?
Um dos maiores companheiros de Lucy durante a viagem é um diário do avô, da época em que ele lutava na guerra. Só consegui pensar na fragilidade da vida nesses momentos em que a moça lia as lembranças do avô, uma imagem totalmente diferente, já que naquele tempo ele era muito mais novo e forte. Acho que muitas vezes a gente apaga da memória que todo mundo já foi jovem um dia, inclusive nossos avós, rs. É fato que Lucy aprende muito sobre a vida nessa viagem.
Outro assunto muito retratado por Lucy em seu relato é a dificuldade que os avós tinham de demonstrar os sentimentos. Ela mesma dizia que nunca deixava de dizer um "eu te amo", mesmo que não ouvisse de volta. E realmente, olhando meu relacionamento com os meus avós, percebi que eles nunca foram muito de demonstrar amor verbalmente. Mas é aquele ditado, né, às vezes as ações valem muito mais. Sempre lembro do meu vô aparecendo lá em casa do nada só para levar as frutas que eu mais gostava para mim. Essas coisinhas não têm preço.
Eu realmente gostei de Deslocamento: Um Diário de Viagem. Primeiro porque tudo o que Lucy narra me fez lembrar das minhas aventuras com os meus avós. Em segundo lugar porque me fez (re)pensar bastante nas dificuldades que a gente teima em colocar pra realizar nossas vontades e que, no fim das contas, nunca é tarde para alcançar nossos sonhos.
Título Original: Displacement: A Travelogue
Autora: Lucy Knisley
Páginas: 144
Tradução: Carol Christo
Editora: Nemo
Livro recebido em parceria com a editora
Parece ser um quadrinho bem bonito por como faz a gente pensar. No tempo, em como as coisas mudam e as pessoas envelhecem. A fragilidade e ver isso pelos olhos de uma garota que cresceu admirando os avós e suas histórias. É bonito isso. Mas vou dizer que não seria um quadrinho que pegaria fácil. Não me chama tanta atenção assim de cara. Mesmo que pareça deixar boas lições no fim das contas, coisas pra pensar mesmo. Sobre a vida, até o nosso relacionamento com nossos próprios avós. Mas não sei se leria se visse ele por aí.
ResponderExcluirÉ por isso que eu gosto tanto de blogs literários!
ExcluirA gente acaba descobrindo muita coisa interessante por aí, coisas que provavelmente não daríamos atenção!
Espero que você dê uma chance!
Essa é uma história delicada que mostra o amor entre neta e avós, ao mesmo tempo em que evidencia que o preconceito contra os idosos, infelizmente, encontra-se presente na sociedade.
ResponderExcluirAcho que acompanhar o diário do avô deve ter sido nostálgico, mas importante no sentido de fazer a Lucy valorizar ainda mais a presença dos avós. Realmente, a verbalização dos sentimentos nem sempre é fácil, porém a vida é passageira para ficarmos nessa barreira. Gostei que o livro toca nesse aspecto.
Eu sou apaixonada por histórias que envolvem avós. Até por ser uma avózinha..rs e adorar muito tudo isso!
ResponderExcluirPelo que li acima, mesmo sendo um livro tão curtinho em matéria de páginas, as emoções são muito bem colocadas e a simplicidade com que a viagem é narrada, aquece o coração!
Como não conhecia, já vai para a lista de desejados!!!
Beijo
Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Ah, realmente preciso ler mais Hq's.
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, e psssaria despercebido se não fosse sua resenha.
Amo leituras que conquistam pela simplicidade. Às vezes, é até difícil explicar o motivo de ter gostado se não tem reviravoltas, mas esse lado singelo é o que conta.
Amei saber sobre.
Beijos
Oi, Ana
ResponderExcluirQue hq mais linda!
É realmente importante ler sobre velhinhos que só sofrem tanto preconceito, e é como você disse, as vezes não lembramos que eles também foram jovens.
É bem reflexivo e sensível pelo jeito, quero muito ler!
bjs
Olá, Ana
ResponderExcluirNão conhecia essa HQ super fofa.
Lendo sua resenha me fez lembrar dos momentos que tive com meus avós, sinto muito falta deles não tem nenhum vivo. Mas moram em meu coração.
É difícil ver como algumas pessoas tratam os velhinhos um dia também vamos ser e elas parecem esquecer esse pequeno detalhe.
Claro que adoraria poder acompanhar meus avós bem, bem velhinhos.
Quero muito essa HQ que nos leva repensar e pensar sobre nossas atitudes com pessoas mais velhas. E de modo geral como tratamos o próximo seja de que idade for.
Beijos
Oiii ❤ Ahhh, que graça de livro! Gostei muito que é um quadrinho autobiográfico sobre as aventuras da autora com os avós. Parece uma trama bem simples, mas com grandes aprendizados e reflexões.
ResponderExcluirRealmente, as vezes as pessoas são muito mal educadas e preconceituosas com os velhinhos e isso é algo que parte o meu coração.
Essa resenha me faz lembrar bastante os meus avós e no quanto os amo e não vejo uma vida sem eles ao meu lado.
Com certeza quero fazer essa leitura.
Beijos ❤
É bem simples mesmo, mas deixa uma mensagem muito bonita! Gostei muito.
ExcluirGente eu amo velhinhos, temos que ter muita paciência com eles, até porque cuidaram da gente a vida inteira, meu Deus.
Olá! ♡ De fato, o que define uma história não são as reviravoltas, mas sim a maneira com elas são contadas. Um livro não precisa de muitos acontecimentos para ser bom.
ResponderExcluirGostei que o livro retrata bem a relação que a autora tinha com os avós. Eu amo meus avós e lembrei deles ao conhecer esse livro agora ♡
Parece um livro cheio de sentimento, que nos marca e toca ♡
Com certeza vou querer ler! Muito obrigada pela indicação!
Beijos!
Ana!
ResponderExcluirÉ tão deprimente a forma como os mais jovens tratam os idosos, acho que pensam que nunca serão um também.
Adorei ver que o livro fala sobre o relacionamento da Lucy com a avó e as observações que ela faz sobre a relação e os comportamentos.
Deve ser uma HQ deliciosa de se ler.
cheirinhos
Rudy
Uma história tocante que nos mostra a fragilidade da vida, do relacionamento familiar.
ResponderExcluirTive um relação linda com minha avó materna. Também não falávamos de Amor e sentimentos mas no dia a dia ele era palpável.
Quero e não quero ler esse livro, pois Sei que vai me levar as lágrimas
Quando vi, pela história, eu não havia me interessado muito. Mas não sabia q era uma HQ! E a coisa mais linda, por sinal! Juro q eu tava deixando passar achando q era um livro, mas só agora descobri q não é. Pela resenha parece ser super linda a história tbm.
ResponderExcluirOi, Ana!!
ResponderExcluirNossa adorei conhecer esse quadrinho pois parece ser uma história bem interessante e acima de tudo emocionante, até parei e refleti como é o meu relacionamento com os meus avós.
Bjs