Indiquei Red Hill da Jamie McGuire para vocês há um tempinho como opção para ler no Kindle Unlimited, então nada mais justo que falar um pouco dele aqui no Roendo Livros. Já começo dizendo que, apesar de ser familiarizada com tramas apocalípticas ― principalmente as que envolvem zumbis ―, fiz essa leitura bem no meio da quarentena, uma escolha não muito inteligente. Não que a gente esteja no meio de um apocalipse, mas foi meio difícil controlar meus pensamentos de doida em relação ao vírus que está assolando o nosso e tantos outros países. Falo isso porque se algum de vocês for sensível a gatilhos, talvez seja melhor dar uma chance para o livro num momento mais calmo, ok?
O enredo é basicamente o que conhecemos de todo apocalipse zumbi: uma epidemia mortal que se espalha muito rápido sem dar pistas de onde começou e porquê ― na realidade, nesse livro em específico a autora nos dá uma pista, mas vou reservar um parágrafo só para falar disso. Basta uma mordida de um ser transformado para contrair a "doença" e se tornar um deles. Nesse plano de fundo acompanhamos personagens principais, Scarlet, Nathan e Miranda, cada um tentando se salvar e salvar os seus da melhor forma possível.
Scarlet é uma técnica em radiologia que presencia a epidemia chegando em seu auge dentro do hospital em um fim de semana que suas filhas foram ficar com o pai; Miranda é a filha mais velha de um dos médicos que trabalha no mesmo hospital que Scarlet e está indo encontrar o pai no rancho Red Hill quando o caos se instala; a situação de Nathan também não é das melhores, já que foi abandonada pela esposa no meio do apocalipse com uma filha pequena para cuidar. Para quem acha que o mundo é gigante, um apocalipse é a prova viva de que a gente mora em um ovo, pois não existia outra maneira desses três protagonistas e seus acompanhantes se encontrarem a não ser procurando um lugar seguro para evitar os zumbis, o rancho Red Hill.
O início do livro é bastante frenético e lotadas de cena de ação, já que tudo acontece muito rápido. Na minha opinião, tudo foi descrito muito perfeitamente, porque um apocalipse zumbi é meio que um efeito em cascata, a gente mal pisca e a pessoa que está do nosso lado foi mordida. Então, pelo menos até os personagens chegarem ao destino ― ok, a chegada deles no rancho não é considerada um spoiler, é? ― há uma cena eletrizante atrás da outra. Muitas mortes de pessoas queridas, muitos crânios zumbis sendo explodidos e várias outras coisas mórbidas que retratam o fim do mundo. Aí eles chegam no rancho...
A partir desse ponto da história, a ação diminui um pouco e o foco se torna a relação entre os personagens, e muita coisa acontece. Imaginem como seria estar em uma casa no meio do nada, no meio de um apocalipse zumbi, com várias pessoas que você não conhece. Todos nós sabemos que conviver com pessoas em situações de estresse é um pouco difícil, e a autora retrata isso muito bem. Nervos a flor da pele, hormônios a flor da pele... Então, sim, esperem alguns relacionamentos do tipo "amor à primeira vista". Confesso que esses amor à jato me deixa muito irritada e me deixou irritada aqui também, mas eu entendi. Pensem comigo: estamos no meio do fim do mundo, todos que amamos provavelmente estão mortos, então é natural do ser humano buscar apoio no outro, né? Acho que esse tipo de atração acabaria se tornando inevitável. Mas sim, ainda fiquei um pouco irritada.
Agora sim preciso falar sobre uma coisa que pode ser um spoiler, mesmo que esteja bem no início do livro. Sendo assim, salte esse parágrafo se não quiser estragar nenhuma surpresa. O que me irritou de verdade foi a tal pista que a autora deu sobre o início do contágio: a vacina contra a gripe. Aparentemente as pessoas vacinadas se transformavam em zumbi mais rápido e tudo indicava que o contágio se deu a partir de uma pessoa que morreu dos efeitos colaterais da vacina; essa pessoa reviveu e começou a espalhar o vírus que sofreu mutação para outras pessoas. Sinceramente? Ridículo! Vacina é solução, não é problema! Senti uma crítica da autora em relação às vacinas, o que é totalmente sem noção porque obviamente o movimento antivacina é uma ameaça para saúde mundial. Pelo amor de Deus, se vacinem e vacinem seus filhos, #paz.
Além disso, achei o final um pouco corrido quando comparado ao resto do desenvolvimento. A neura da Scarlet pelas filhas e suas atitudes egoístas ― lembram que eu falei que elas estavam com o pai? ― acabam colocando muita coisa a perder, o que refletiu negativamente nesse final que deixou a desejar. Muitas pontas ficam soltas, principalmente sobre a morte de alguns personagens e sobre as próprias filhas da Scarlet, mas, de forma geral, Red Hill foi uma leitura muito satisfatória, mesmo me deixado com umas ideias não muito legais sobre o Coronavírus.
Título Original: Red Hill ✦ Autora: Jamie McGuire ✦ Páginas: 350
Tradução: Ana Death Duarte ✦ Editora: Verus
Não conhecia o livro, sinceramente não gosto muito de histórias com zumbi porque tenho medo deles haushuas TWD pra mim é só pesadelo rs Mas gostei da premissa desse livro, acho que seria interessante uma primeira experiência com essa trama. Concordo com sua crítica sobre o elemento vacina da forma como foi inserido, me pareceu mesmo uma crítica à vacina, em um momento como esses, apontar isso como algo problemático é mais do que necessário.
ResponderExcluirhttps://monautrecote.blogspot.com/
Teve uma época que eu era viciada em zumbi, nossa. Eu continuo gostando, mas fiquei meio mexida com esse livro. Acho que por causa do que estamos vivendo mesmo.
ExcluirOlá Ana!
ResponderExcluirO bom desses livros que abordam apocalipses é que geralmente a leitura costuma ser bem fluída, justamente porque os personagens estão sempre correndo contra o tempo pra salvar suas vidas, né?
A parte que eles chegam no rancho me lembrou bastante Caixa de Pássaros, justamente por essas pessoas estarem juntas num lugar fechado sem poder sair, e sobre o instalove, AQUI é aceitável, embora irritante da mesma forma.
Mas essas questão da vacina...É complicado, parece que McGuire não fez a devida lição de casa em relação à Imunologia para compor esse conceito de contágio da doença.
Beijos.
Eu amoooo livros apocalípticos (e séries, e programas de TV, tudo). Li o Cyberstorm logo antes da quarentena também e realmente a gente fica um pouco paranoica. Só acho que no parágrafo da pista rolou um spoiler, eu colocaria um aviso logo antes dele.
ResponderExcluirOi Roberta!
ExcluirObrigada pela dica, vou colocar. Acontece logo no início do livro, mas mesmo assim.
Bjs!
Oi Aninha!
ResponderExcluirJá curti muito os livros da Jamie.
Hoje mais velha, acho que tem muitos problemas neles.
Realmente não é a melhor leitura pra se ler nessa época!
Não sou fã de apocalipses nem de zumbis e também a trama não me atraiu.
Olá! ♡
ResponderExcluirNão sou a fã número um da Jamie, mas apesar de tudo gosto bastante da sua escrita e gostaria muitooo de ler algo dela que se passe em um universo diferente dos Maddox.
Uma coisa que adorei sobre a obra são as cenas frenéticas, adorooo livros cheios de ação. Nesse quesito, acredito que o livro vai me agradar bastante.
Também não gosto quando os autores insistem em escrever amor a primeira vista, mas dada a situação em que os personagens se encontram, até que dá pra entender.
Me desagradou essa crítica que ela fez as vacinas, pois como você disse, vacina é a solução. Exatamente! Foi bem sem noção da parte dela mesmo, ela bem que poderia ter dado outro motivo para o início do contágio.
Enfim, no geral, o enredo do livro me interessou, gostaria de conferir essa história.
Beijos! ♡
Ana!
ResponderExcluirSei bem como é essa sua raiva...
Já li outros livros do autor e até gostei, mas desse, fiquei na dúvida, sabe?
Embora goste de zumbis, tem de ser uma história bem escrita e no momento não ando com cabeça para ler fantasia desse tipo.
cheirinhos
Rudy
Além de Belo Desastre, eu li um outro que chama Todas as Pequenas Luzes... E parando pra pensar, também teve algumas falhas no desenvolvimento. Nem tava lembrando disso...
ExcluirEu gosto da escrita da Jamie, mas até hoje não senti interesse nesse livro.
ResponderExcluirNão sou fã de zumbi, e sei que não seria uma leitura agradável para o momento.
Fico feliz que, apesar das ressalvas, tenha sido uma boa leitura.
Beijos
Primeira resenha que leio desse livro e assino embaixo da parte sobre vacinas. Sei lá, meio sem noção se a dica nas entrelinhas foi essa mesma, o contra se vacinar. Pelamor né?
ResponderExcluirMas fora isso, amo enredos com apocalípses zumbis.rs
Eu no começo da pandemia, fui rever uma pancada de filmes sobre o tema e também acho que não foi uma boa ideia.rs
Mas agora? Já quero o livro!!!
beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Olá Ana Clara!
ResponderExcluirNada legal essa apologia que a autora faz à revolta da vacina, né? As pessoas precisam parar de ser tão sem noção. Estou fugindo de tudo que se refere a apocalipse, realmente pra mim o momento de pandemia não é nada favorável para esse tipo de leitura. Não curto muito tramas com zumbis, mas a originalidade dos autores ao criarem possíveis maneiras de contaminação sempre me surpreende (o que não foi muito o caso de Red Hill, mas enfim). É compreensível essas atitudes abruptas dos personagens, apesar de ser muito drástico. Pena que ficaram algumas pontas soltas, mas acho que os fãs do gênero irão gostar.
Beijos
Oi, Ana
ResponderExcluirAdorei a capa, mas esse lance das vacinas eu não curti muito não. Vai que isso dá ideias para as pessoas que já fazem parte desse grupo antivacina.
Nessa pandemia e nós lendo livros desse tipo, claro que faz pensar coisas que podem ter lógica ou não.
Mas parece ser uma leitura interessante, vou colocar na lista de desejos.
Beijos
Oieee, eu até gosto de histórias de apocalipse e de Zumbi, mas nossa, ver vacina como vilã de algo nessa altura do campeonato é o fim. Vou esperar um bom tempo pra ler esse livro, mas vou tentar pois é uma premissa que eu gostei bastante.
ResponderExcluirBeijos!
Miga, eu to rindo de mim mesma pois para mim essa autora só escreve romances, sabe? Eu adoro EASY, por exemplo... Curiosa com esse livro agora, mas acho que não é uma época boa para mim. De qualquer forma preciso fazer valeu essa assinatura do KU.
ResponderExcluirBeijooo
Miga, mas tem uns autores que a gente estereotipa demais e até assusta quando vê que escrevem uns livros diferentes, hahahaha.
ExcluirOlá...
ResponderExcluirEntendo completamente suas ressalvas, isso também costuma me incomodar em uma leitura... sendo assim, já fiquei com o pé atrás em relação a Red Hill!
Ainda ão conheço a escrita desse autor, mas, pretendo conhecê-la algum dia.
Bjo
http://coisasdediane.blogspot.com/
Eu era doida pra ler os outros livros da Jamie, mas não tive a oportunidade e acabei deixando para lá. Infelizmente não sou muito fã de livros com a temática de apocalipse zumbi. Toda vez que leio algo falando que alguém é a favor do movimento antivacina, como a autora parece ser, acho inacreditável, é realmente sem noção. Sobre a pandemia do corona vírus, não irei nem comentar... Gatilho total.
ResponderExcluirPs: comentando pela segunda vez, pois comentei no sábado, mas como foi pelo celular, por algum motivo o comentário não foi :( :(
Beijos,
Amanda Almeida
Li esse na época que saiu e lembro ainda estar muito viciada em twd, nos livros dessa série e tudo mais. Foi gostoso ler algo da autora nesse universo. Frenético e bom de ler, foi uma leitura que me prendeu bem. Mas tem coisa que nem lembrava. Vacina? Tinha alguma coisa sobre vacina aí? Não lembro mesmo. O que mais ficou comigo foi a morte de uma personagem que saí fula no final do livro por isso, triste com como acabou por ter me apegado aos personagens. Quase dá vontade de tentar ler de novo só pra ver se vou ficar noiada com algumas coisas, dessas que disse e atitude de personagem, e ver o que acharia hoje em dia.
ResponderExcluirEu li esse livro alguns anos atrás, e lembro de ter amado demais. Mas não lembrava desse (importante) detalhe sobre as vacinas. É um livro cheio de ação e com ótimos personagens. E pra quem ama histórias de apocalipse, assim como eu, com certeza irá amá-lo!
ResponderExcluirTudo que me faz lembrar de um cenário meio The Walking Dead já chama minha atenção.
ResponderExcluirNão tinha lido ainda a resenha de Red Hill, só me deparava com as capas do livro quando ia nas livrarias (saudades, inclusive kkk). Não fazia ideia que a história acontece em um cenário de apocalipse zumbi senão teria agarrado esse livro na hora.
Ler a parte do "spoiler" realmente me deixou decepcionada, não é legal trazer algo que cura na vida real como o problema. Além disso, ficaria morrendo de curiosidade com esse final que deixa muitos pontos da história em aberto. Fui criando expectativas no início da resenha e ela foi decaíndo com esses pontos negativos, mas minha paixão por livros sobre zumbis me faria ler na marra e também ter um exemplar! Haha
ola
ResponderExcluirotima resenha
esse não é um genero que gosto de ler
e nesses tempos de pandemia onde tudo ainda é tão incerto tempo que a gente já vai ficando mais ansiosa vendo que o virus a cada dia faz tantas vitimas ,eu prefiro ler algo mais leve .
Olá! Quando o assunto são zumbis e o apocalipse eu simplesmente tô fora, não é o tipo de leitura que me atrai e no nosso atual momento, acho que deve ser é evitado (risos)!
ResponderExcluirAi menina, eu entendo.
ExcluirTambém acho que não escolhi a melhor época pra ler, kkkk.
Oiii ❤ Achei a premissa desse livro ótima, tramas que envolvam apocalipse causado por alguma doença chamam minha atenção, mas não leria livros com esse tema nesse momento em que estamos vivendo, sou bem paranóica quanto a isso kkkk.
ResponderExcluirIsso sobre a vacina da gripe poder ser o que causou a doença não é algo que a autora deveria ter dado como motivo, pois vacinas são mais que importantes na promoção de saúde.
Pretendo dar uma chance à esse livro depois que a quarentena passar.
Beijos
Se não me falha a memória, nunca li nem vi nada sobre zumbis. Não me interessa muito, e com esse livro não foi diferente. Pros amantes do estilo, Red Hill parece ser uma boa pedida, apesar das falhas. O potencial de ação logo no inicio e desenvolvimento de relacionamentos parece deixar a narrativa bem melhor.
ResponderExcluirGosto de filmes e livros sobre zumbis, o que é chato é a questão de como tudo começou. E nesse livro da a dica de que o inicio foi a vacina, caramba, conheço pessoas muito resistentes a vacinas por causa de ideias erradas. Mas fora isso, gostei da história para ler que a nossa pandemia passar.
ResponderExcluirOi, Ana
ResponderExcluirOlha, no começo fiquei com muita vontade de ler, ainda mais por ser bem eletrizante no começo.
Mas, com essa loucura sobre a vacina, fiquei com raiva agora e não vou ler.
Uma irresponsabilidade da autora!
Bjs
Li este livro há anos,ganhei de presente,e na época este "detalhe " me irritou muito, era sobre a h1n1, e já fiquei frustrada, apesar se gostar da história,eu não compraria o livro. Inclusive agora 03/2022 minha filha vai ler ele, e na hora comentei com ela este detalhe do Nathan,ela chegou na parte da Scarlet e também ficou chocada com a personagem é extremamente anti vacinas e trabalha em hospital,nem lembrava disto. Ranço. Por isto viemos pesquisar p descobrir se autora era.
ResponderExcluirEstou lendo agora. Estava incomodada com essa questão da vacina, fui até pesquisar pra ver se era só eu. Gente que falta de noção, não quero abandonar mas é uma coisa tão chata.
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