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14 de agosto de 2021

De Repente Adolescente | Camila Fremder, Clara Alves, Iris Figueiredo, Jim Anotsu, Julie Dorrico, Keka Reis, Luly Trigo, Olívia Pilar, Socorro Acioli & Vitor Martins


Livros voltados para o público infantojuvenil são os melhores para aqueles dias em que estamos querendo algo mais leve. Foi justamente pensando nisso que pedi De Repente Adolescente: eu sabia que em algum momento estaria muito cansada para ler qualquer coisa e somente um rolê com essa temática conseguiria me ajudar. Eu não sou mais adolescente há 84 anos, mas me diverti tanto lendo que me senti novamente como uma. 

Nessa antologia, que poderia representar as histórias de quaisquer adolescentes brasileiros,  temos 10 contos de autores muito legais, cada um com um estilo de escrita diferente:

✦ A Última Suspeita, de Camila Fremder
✦ Eu Estou Aqui, de Clara Alves
✦ A Revolta dos Salgados, de Iris Figueiredo
✦ A Batalha das Mamonas Verdes, de Jim Anotsu
✦ Menina-moça, de Julie Dorrico
✦ Casa Nova, de Keka Reis
✦ Segunda Chance, de Luly Trigo
✦ Entre Algodões-doces e Montanhas-russas, de Olívia Pilar
✦ A Maior Artista de Maranguape, de Socorro Acioli
✦ Agulhas e Bolinhas, de Vitor Martins

Apesar de cada um ter seu jeitinho de contar uma história, todas elas giram em torno de um ponto comum, que é a chegada da adolescência. Isso mesmo, aquele período crítico que somos novos demais pra muitas coisas e velhos demais para outras, quando começamos a entender quem somos de verdade e, consequentemente, entramos em conflito com tudo e todos. Todas essas sensações foram muito bem retratadas pelos autores através dos temas escolhidos por eles, como, por exemplo, racismo, sexualidade, separações, abandonos... 

Eu já conhecia a escrita de Camila Fremder — é até engraçado, porque o conto é tão a cara dela que eu tenho quase certeza que reconheceria mesmo se não fosse identificado, rs —Luly Trigo e Vitor Martins, autores que gosto muito, mas foi igualmente prazeroso ter meu primeiro contato com os outros autores de De Repente Adolescente. De fato, o que eu mais gosto em livros de conto é essa possibilidade que eles nos abrem de conhecer escritores novos!

Não vou entrar em detalhes sobre cada conto porque quero que vocês os conheçam ao lerem o livro, mas preciso dizer que os meus favoritos foram, sem sombra de dúvidas, A Batalha das Mamonas VerdesAgulhas e Bolinhas. Vocês sabem bem meu critério para elencar preferidos: ou tem que me emocionar muito ou tem que me fazer rir muito. No caso dos dois contos, me emocionei bastante. O primeiro, do Jim Anotsu, é um dos mais originais, porque o narrador é Belo Horizonte — isso mesmo, a cidade aqui de Minas Gerais —, que conta como ela se tornou essa capital tão moderna, mas já adianto que não é uma história feliz. No segundo, do Vitor Martins, somos apresentados ao Murilo, um jovem muito quieto que resolve fazer aulas de bordado pra se sentir mais próximo do pai falecido, que era apaixonado pela arte. Não preciso dizer mais nada, né? Fechou a antologia com chave de ouro!

Também me encantei por A Maior Artista de Maranguape, com certeza o mais engraçado dentre os dez. Quem nunca sonhou em ser atriz quando era mais jovem, não é mesmo? Mas foi realmente uma delícia acompanhar a segurança com que a protagonista correu atrás dos seus sonhos, e as presepadas que se enfiou para alcançá-lo (e quando eu digo presepada, quero dizer dançar na Carreta Furacão vestida de Ben 10). Realmente gostei de todos os contos, mas esses três foram os que mais me marcaram.

Depois de terminar, fiquei pensando que gostaria muito de ter lido um livro como De Repente Adolescente na época em que eu estava me reconhecendo como uma. Talvez eu não tivesse tido tantas dúvidas, talvez eu tivesse encontrado todas as respostas de que eu precisava, ou talvez eu só teria achado um livro legal mesmo, nunca se sabe, com a cabeça que eu tinha. Então, se vocês conhecem alguém que está passando por essa fase tão importante, deem esse livro de presente. E, é claro, leiam vocês também para sentirem essa nostalgia gostosa que é lembrar desses dias tão especiais.

Título Original: De Repente Adolescente 
Autores: Camila Fremder, Clara Alves, Iris Figueiredo, Jim Anotsu, Julie Dorrico, Keka Reis, Luly Trigo, Olívia Pilar, Socorro Acioli & Vitor Martins
Páginas: 256 ✦ Editora: Seguinte
Livro recebido em parceria com a editora

13 comentários :

  1. aaa que delícia. Talvez se fosse um livro inteiro, eu não gostaria de ler. Mas eu adoro contos, sabe? você consegue se divertir muito em um, se emocionar em outro, ler algo mais tranquilo, além de conhecer a escrita de vários autores.
    Adorei a dica!

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    1. Conto é muito bom, principalmente quando a gente tá com dificuldade em se conectar com as leituras. Gostei bastante!

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  2. Ainda nem li e já curti.
    Já li Clara e Keka. Os demais conheço dos blogs e igs literários.
    Uma leitura leve divertida fofa e fluida que fala dessa época que toda criança quer que chegue logo e todo adulto lembra com saudades mas que quando estamos vivenciando é cheia de momentos bons e não tão bons

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  3. Quantas cores!Eu amo todas!!!Ainda não conhecia o livro,mas realmente quando estamos exaustos fisicamente e na alma, a pedida de um livro leve ajuda e muito até a refazer as energias!
    Que delícia ver que esse livro conseguiu te trazer riso, paz e algumas reflexões.
    Se você que é tão novinha já saiu da adolescência a 84 anos, eu saí a 1084 rs
    Mas ainda assim, amo esse trazer de volta coisinhas simples, que na época alegraram, entristeceram ou simplesmente aconteceram!
    Já vai pra listinha de desejados!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  4. Não sou muito de contos mas quando leio tb gosto mais dos que me emociona ou me identifico com algo. Acho que n li nada de nenhum desses autores, mas doida pra conhecer o trabalho deles.
    Que interessante o narrador ser Belo Horizonte...já fiquei curiosa!

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    1. Que bom que consegui te deixar curiosa!
      São autores muito legais, espero que dê uma chance!

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  5. Ana!
    Sou bem fã de livros de contos e embora faça algum tempo que não leia livros mais adolescentes, achei aqui que, por mostrar as descobertas dessa fase, trazendo identificação há muitos, deve ser uma leitura aprazível.
    Já conheço a escrita da Iris Figueiredo, Clara Alves e Luly Trigo. Quero conhecer os outros.
    cheirinhos
    Rudy

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  6. Oi, Ana
    Adorei a capa, nas ilustrações tem o nome dos autores.
    Ainda bem que já passei dessa fase, adolescência não é fácil. Seu corpo mudando, ter muitas responsabilidades na escola, em casa no meu caso cuidava do meu irmão, os constrangimentos por receber apelidos, e tipo até hoje se fico com vergonha meu rosto fica vermelho na hora kkk.
    Claro que estou curiosa para ler o livro e conhecer a escrita dos autores, não li nenhum livro deles.
    Beijos

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  7. Olá
    Bom eu passei pela adolescencia e nem vi .nem conhecia essa palavra .
    Que bom que os contos conseguiram te emocionar e de alguma maneira te ajudou com as leituras .As vezes tudo o que precisamos é de uma leitura assim despretensiosa leve divertida .
    Bjs

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  8. Olá Ana Clara!
    A temática me agrada bastante também, nada como uma história leve pra intercalar com as leituras mais densas a os problemas da vida. Dos autores eu só conheço a Socorro Acioli e gostei muito do livro dela que li há muitos anos. O conto das mamonas me chamou a atenção pelo título, e gostei da saber que uma cidade narra a história. Com certeza vou ter o livro em mente para presentear algum parente que passa por essa fase tão conturbada.
    Beijos

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  9. Gosto muito de ler contos, é uma ótima pedida para depois de um longo livro, uma ressaca literária ou para mudar um pouco de gênero.
    Para quem já passou da adolescência como eu, essa leitura vai trazer aquela nostalgia.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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    1. Concordo super!
      Li esse depois de muito tempo sem conseguir ler e me ajudou bastante.
      Também senti demais isso da nostalgia, foi muito gostoso!

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  10. Olá! Eu gosto muito de contos, e toda vez que vejo um livro que aborda esse período da nossa vida, também tenho vontade de ter lido lá naquela época, acredito que teria me ajudado, mas lê-lo agora também deve ser muito bacana, pois como você disse traz esse gostinho de nostalgia né.

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