É óbvio que antes mesmo de começar já sabemos o que vai acontecer com nossos protagonistas, mas o desfecho da história, se analisarmos o caminho que Mateo e Rufus trilham para que ele aconteça, é realmente o que menos importa. A questão que eu achei deveras engraçada é que muita gente fala que o título é um grande spoiler da trama, mas na verdade Os Dois Morrem no Final só nos mostra a única verdade que temos certeza na vida, a de que todos vamos morrer. A diferença é que não sabemos quando.
Certa vez, meu pai me contou que dizer adeus é "o impossível mais possível", porque você nunca quer dizê-lo, mas seria estupidez não o dizer quando se tem a oportunidade — p. 73
De certa forma, acredito que Adam Silvera quis mostrar que o real sentido da vida não é o final dela, e sim o que fazemos com esse intervalo de tempo que temos. É, de fato, uma mensagem muito bonita e fico até meio triste ao escrever essa resenha, porque o livro não funcionou muito bem para mim. Justamente por causa do tema, esperava uma história muito mais emocionante. Na minha percepção, a narrativa é muito mais melancólica do que emocionante, e há uma grande diferença entre esses dois termos.
A questão é que a propaganda do livro é literalmente "uma história sensível e emocionante", e quando falamos de emoção, nossa expectativa é chorar todas as lágrimas que guardamos exatamente para esse momento e, infelizmente, isso não aconteceu comigo. Não bastam trechos bonitos, que existem aos montes em Os Dois Morrem no Final, escritos unicamente com o propósito de nos fazer refletir, sabem? Ai gente, para ser bem sincera, achei tudo até um pouquinho chato. Agora, sobre a sensibilidade sou obrigada a concordar, até porque é muito difícil falar sobre a morte de forma tão respeitosa como Adam Silvera fez, ainda mais de duas pessoas tão jovens quanto Rufus e Mateo.
— Só acho que não é meu papel julgar quem precisa de verdade de ajuda ou não, como se eles precisassem dançar ou cantar uma música para provar que merecem. Pedir ajuda quando você precisa deveria ser o bastante — p. 135
Eu fiquei tão triste por não ter gostando muito desse livro, gente! Esse negócio da Central da Morte, da possibilidade de podermos saber exatamente o dia que vamos morrer para tentarmos compensar tudo o que não vivemos nesse único dia, é genial e, ao mesmo tempo, aterrorizante. Acho que estava esperando algo um pouco diferente, mais tocante e profundo, talvez. Mas é aquele ditado, a expectativa fui eu que coloquei, e nenhum autor tem obrigação de suprir as expectativas que os leitores colocam sobre suas histórias.
Eu fiquei acompanhando sua saga no Twitter com essa leitura, mas no fundo, torcendo para que a opinião dele mudasse rs
ResponderExcluirMas não mudou e oh, isso é normal. Aterroriza mesmo, sem sombra de dúvidas.
Eu ainda quero muito ler e admito que estou com expectativas demais.
Espero não me decepcionar.
Fica a dica...quem sabe não rola um sorteio dele hein??? rs
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Meu novo hobbie é falar abobrinha dos livros que tô lendo no Twitter, AMO!
ExcluirOlá Ana Clara!
ResponderExcluirEu também me frustro quando não consigo alcançar minhas próprias expectativas de leitura às vezes. Adorei a premissa desse livro, concordo com você que o título, apesar de ser considerado um spoiler, é a mais pura verdade. Estou bem ansiosa para ler o livro e descobrir todas as mensagens que o autor quis passar, além de ter achado esse universo meio distópico extremamente criativo. Só pelos quotes já acho que vou gostar.
Beijos
Amiga tomara que você goste, viu?
ExcluirNão é ruim, claro, só esperava um pouquinho mais dele.
É assim mesmo, algumas vezes o que agrada tanto a maioria não nos pega de jeito.
ResponderExcluirTenho curiosidade em ler esse livro, acho que deve ser bem interessante. Mas às vezes criamos expectativas demais, aí vem a decepção.
Danielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Acontece de nao gostar muito de livros hypados, acho que ate acontece mais com eles. Por isso as vezes ate prefiro nao ler com todo o hype e esquecer como engrandecem aquela leitura...mas enfim, isso é bem normal de acontecer.
ResponderExcluirEu quero conhecer essa historia. Bem curiosa e espero gostar dela!
Olá Ana
ResponderExcluirAs vezes criamos tantas expectativas em torno de uma trama né? E as vezes a leitura se revela chatinha .Acho normal isso .Que bom que você passa para a gente o que realmente sentiu durante uma leitura.
Nem sempre um livro que recebe bastante elogios vá nos agradar.
Oii, é um livro que gostaria muito de ler😊
ResponderExcluirBjs
https://deliriosdeumaliteraria.blogspot.com/?m=1
Realmente, é um pouco complicado colocar muitas expectativas em um livro de acordo com o que a gente vê falar por aí. Eu, por exemplo, vejo vários blogs literários num dia, imagina...
ResponderExcluirMas, ao mesmo tempo, esse esperar saber se você vai gostar também é muito gostoso na leitura. Uma pena que a experiência pra você não foi satisfatória. Tenho vontade de conhecer, não vou negar que o título chama muito a atenção ne?
Eu era do time que falava que o spoiler já vinha no nome do livro kkkkk.
ResponderExcluirMas você tem razão.... já sabemos que a única coisa certa a morte, o que importa é o que fazemos nesse intervalo.
Uau, Anaaaaa! Esse quote da página 73.... uau!
Ana!
ResponderExcluirAté entendo seu ponto de vista e sua insatisfação na leitura, mas sou sempre a favor de tratarmos assuntos relevantes, como a morte e de uma forma mais leve e proporcionando felicidade nos últimos momentos de vida.
O que faria se soubesse a hora que vai morrer?
cheirinhos
Rudy
As vezes me considero muito lerda, pois só vi percebe que é o mesmo autor de "e se fosse a gente" e alguns outros livros há pouco tempo. Não sei se vou ler esse ou não, se crio expectativa ou não. Achei legal a premissa, mas não acho que me chamou muita atenção.
ResponderExcluirSim! É o mesmo autor!
ExcluirEu gostei de E Se Fosse a Gente, MAS também esperava mais. kkkkkkkkkkkkkkkk
Olá! Realmente é um tema bastante complicado, achei a ideia do enredo muito interessante, de fato, meus pais sempre me dizem que a única certeza que temos na vida é a que vamos morrer, mas não sei como eu reagiria se soubesse essa data, seriam tantos " e se" que surgiriam, uma pena que o livro não seja assim tão emocionante, eu esperava derramar muitas lágrimas durante a leitura.
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