O Clube do Crime das Quintas-Feiras é uma série de mistério criada por Richard Osman. Poderia ser apenas mais uma série de mistério, mas nessa trama temos algo muito especial: os protagonistas são idosos na casa dos 70-80 anos. Isso mesmo que vocês leram! No primeiro volume, somos apresentados à Elizabeth, Joyce, Ibrahim e Ron, que entraram em ação para tentar descobrir quem assassinou o empreiteiro de Cooper Chase.
O Homem que Morreu Duas Vezes, por sua vez, começa exatamente no ponto em que o anterior termina, mas obviamente com a introdução de um novo plot principal. Em um belo dia, durante uma das reuniões com o clube, Elizabeth recebe uma carta de uma pessoa que ela tem certeza que já morreu. Isso só pode significar uma coisa: quem lhe enviou a carta não só a conhece muito bem, como provavelmente conhece o seu passado. A partir daí, os quatro se veem envolvidos em um novo mistério, muito mais elaborado, envolvendo diamantes caríssimos e bandidos mafiosos.
Já preciso dizer para vocês que praticamente tudo o que eu reclamei que não tinha no primeiro livro, Richard Osman colocou nesse. Primeiro de tudo, a dinâmica da narrativa está muito melhor. Não tem aquele início lento, muito provavelmente porque já estamos familiarizados com os protagonistas, só estamos conhecendo um pouco mais deles. Além disso, já existe um mistério desde o comecinho, que é quando Elizabeth recebe a carta, e depois ele vai sendo incrementado e ficando cada vez melhor. O surto para descobrir o que estava acontecendo, gente, rs.
Depois, não se se vocês se lembram, comentei que o ponto alto da escrita de Osman eram as partes narradas por Joyce. O Homem que Morreu Duas Vezes não é exclusivamente narrado por ela, mas sua participação melhorou consideravelmente. Não só nos escritos do diário, onde ela relata um pouco do que o grupo está aprontando & mais algumas coisinhas super engraçadas do seu dia-a-dia, mas durante a investigação também, o que me deixou muito feliz, porque ela é minha personagem preferida. Gosto muito da Elizabeth também, e aqui tivemos o privilégio de descobrir alguns dos segredos dela, que são inimagináveis, inclusive.
Uma das coisas que eu mais gostei nos dois volumes, mas que é melhor retratado nesse segundo, é que pessoas mais velhas não são tão frágeis quanto pensamos que são. É óbvio que a idade traz algumas dificuldades, mas eu acho que nós subestimos demais essas pessoas, sabem? De certa forma, comecei a enxergar a velhice com outros olhos. A gente acaba estereotipando demais as coisas, então é sempre bom ler algo que nos leva a ter outra visão.
Nem só de protagonistas vive um livro, não é mesmo? A única coisa que eu senti um pouco de falta foi mais presença do restante dos personagens. Por exemplo, temos os policiais Donna e Cris que se fazem muito presentes e são muito legais, mas queria muito que Bogdan fosse mais explorado. Quer dizer, ele é um personagem muito engenhoso e importante pra ser apenas um coadjuvante! Para mim ele é a personificação do que é amizade, e isso deveria ser levado em consideração.
A grande questão é que dá para notar o amadurecimento de Richard Osman. Os personagens foram mais humanizados, a escrita está muito mais inteligente quando comparada ao primeiro volume da série e o mais importante: não existem pontas soltas em relação ao mistério. Além do mais, como não se apaixonar por um livro de mistério que é muito bem humorado? Não vejo a hora dos próximos lançamentos!
Título Original: The Man Who Died Twice ✦ Autor: Richard Osman
Páginas: 400 ✦ Tradução: Jaime Biaggio ✦ Editora: Intrínseca
Livro recebido em parceria com a editora
Olá! Ahh que de tanto ouvir falar bem desses livros, tive que comprá-los para conferir essas histórias, só esperando eles chegarem para poder começar mais essa aventura, e dessa vez, com esses personagens mais maduros, curiosa por essa experiência.
ResponderExcluirAh sua linda!!!Eu tenho o primeiro livro,mas decidi que vou ler ele só quando já estiver com esse segundo em mãos, pois é isso que você cita: o que falta no primeiro, o autor coloca no segundo rs(li muito a respeito)
ResponderExcluirIsso de trazer os idosos não como o ponto fraco da questão, mas limitando sim suas ações e pensamentos, foi e é uma jogada de Mestre.
A Editora arrasa sempre e com certeza, lerei ambos!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Aninha,
ResponderExcluirO Clube do crime das quintas feiras foi um super desejado e quando li, não pude deixar de ficar um pouquinho decepcionada, justo nos pontos que você levantou.
Esse segundo livro também quero muito ler e já fico mais feliz que é ainda melhor
Nâo li o outro, mas as vezes fico com vontade de ler essa serie pelas cenas mais da vida dos protagonistas, que falam que é hilario, do que pela investigação que já nao é algo que eu goste de ler nos livros.
ResponderExcluirSe eu ler, espero gostar dos livros!
ola
ResponderExcluirQue bom que nesse segundo livro a narrativa é mais ágil e que desde o começo já tem um misterio a ser descoberto ,muito importante tambem o livro não ter pontas soltas.Acho muito importante sim a gente dar mais credito as pessoas da chamada terceira idade .
Essa série eu estou na procrastinação para ler. Porém, sempre vejo resenha acho incrível alguns elementos que o autor tentar trazer para a obra. Está virando um dos meus gêneros favotitos.
ResponderExcluirO legal dessa série é o protagonismo de pessoas mais velhas, mostrando que os mais velhos tem e podem utilizar sua inteligência e vivência, e que podem fazer a diferença.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Olá Ana!
ResponderExcluirEssa série é tudo de bom! Adorei todos os pontos que você ressaltou, principalmente essa visão mais ativa da terceira idade. Ainda não consegui ler o primeiro livro, mas quero muito conhecer toda essa turma e divertir com eles. Vi muitos resenhistas falarem que a Joyce é mesmo uma figura, inclusive ela é bem ativa no instagram, né? rsrs
Beijos