Carrie Soto Está de Volta traz a história de Carrie, uma tenista que se aposentou no auge da carreira, quando conseguiu o recorde de vinte grand slams. Ela é a GOAT (greatest of all time, ou "melhor de todos os tempos"), como a Serena Williams, por exemplo.
Só que 5 anos depois dessa aposentadoria, uma outra tenista, Nicki Chan, simplesmente bate o recorde de Carrie e ela não sabe lidar muito com isso. Ela sente que perdeu o seu legado no esporte. Com 37 anos, Carrie decide voltar para o tênis, com intuito de ter seu recorde de volta.
Eu vou ser honesta com vocês, nunca li Daisy Jones & The Six e nem Malibu Renasce — a Carrie é mencionada nesse segundo livro como a amante do marido da protagonista, Nina Riva, que por sua vez é filha do Mick Riva, que é citado em Daisy Jones e Evelyn Hugo. É o Taylorverso, mores. Os outros trabalhos de Taylor, sim, esses eu li. E parte de eu ter uma certa trava com a autora é o medo da decepção hahaha.
Mas Taylor conseguiu o mesmo efeito de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo com Carrie Soto em mim. Ela tem uma habilidade de escrever personagens que não são queridas dentro dos livros — muitas vezes por cenários misóginos, já que ela escreve mulheres ambiciosas (que não é uma coisa ruim) e que sabem o que querem — mas que o leitor decide abraçar. Isso é algo muito complicado, a maioria dos autores acaba apenas criando personagens insuportáveis que você gostaria de dar um tapa.
Carrie não é assim.
No meio do esporte, ela tem fãs, mas tem dificuldade de interagir com eles. Ela não sabe perder, ela fala mais que a boca... E aí ela vê uma competidora mais nova e precisa ser a melhor novamente pra conseguir seu recorde de volta, mas tudo na mentalidade dela diz "eu não me sinto mais a melhor". É interessantíssimo acompanhar essa jornada de Carrie em ser treinada pelo pai, como "nos velhos tempos" e até ser encarada com um treinamento vindo de alguém que ela tentou confiar no passado.
É uma história muito bonita sobre a relação entre uma filha e um pai e também sobre como é difícil ser mulher no esporte. Eu não sou uma pessoa que acompanha esporte, o único que eu sigo religiosamente é a Fórmula 1 e toda santa semana algo misógino acontece (a primeira delas é simplesmente não aceitarem mulheres na categoria). Somos questionadas trabalhando com esporte e até gostando de esportes, então, sim, nós passamos raiva nesse livro porque os recordes e conquistas de Carrie são constantemente diminuídos em relação aos dos homens. E claro, existe toda a questão de "ela é capaz de voltar a ser a melhor?" e os próprios questionamentos de Carrie sobre sua capacidade de superação e resistência que são colocados em cheque
A ficção abraça a realidade aqui porque se você conhece um pouco de Serena Williams, sabe que ela, que é literalmente a melhor tenista do Universo, teve seu comportamento milimetricamente analisado em toda partida. Ela olhava feio pra alguém? Não sabe controlar emoções, ela celebrou sua vitória? "Noooooossa que metida". Mas vamos ignorar O tenista que quase quebrou a cara do juiz em uma competição, isso aí é só viver o esporte intensamente.
Enfim, eu indico a escrita da Taylor Jenkins Reid de olhos fechados, mesmo precisando ler Daisy Jones e Malibu Renasce, rs. Ela escreve mulheres com profundidade, coisa que falta e muito no mundo literário.
Gostei de a protagonista ser uma alteta, acho que atleta é um tipo de personagem que vejo pouco nos livros e quando vejo é homem, eu adoro acompanhar alguns esportes e ter duas paixões ligada é ótimo. Ainda não li nada da Taylor, mas tenho muita vontade de ler Malibu Renasce.
ResponderExcluirTo curiosa em ler esse, mas quero ler malibu renasce antes. A taylor parece que arrasa muito nos universos de personagems "famosos" dela.
ResponderExcluirEm todas as resenhas q li, parece q a historia cresce bastante ao decorrer da leitura neh,e a parte do lugar da mulher, como aborda tb é bem interessante.
Oi, Ana!
ResponderExcluirNão li nada da Taylor Jenkins, e sinceramente a trama de Carrie Soto Está de Volta não me interessou, até acompanho de vez em quando alguns esportes, mas confesso que não curto muito o tênis... Mas realmente, o machismo no esporte - e em qualquer lugar - é algo revoltante :(
Bjos!
Eu sabia da ligação com Malibu(que está fechado ainda na estante) mas não fazia ideia sobre esse elo com Daisy(que já li e amei tanto, tanto)
ResponderExcluirTaylor chegando e seus livros trazem as pessoas reais, imperfeitas e acredito que seja isso que ela quer mostrar ao leitor e é por isso, que ganhou tantos corações!
Com toda certeza, quero muito ler!!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Sou fã da TJR. Amor que começou com Em Outra Vida, Talvez? E se concretizou com Evelyn. Já li Depois do Sim e Amor (es) Verdadeiro (s). E li Malibu Renasce. Confesso que Carrie não causa uma boa impressão mas a culpa nao é só dela... o Ex tóxico tem muito mais culpa....
ResponderExcluirMeu exemplar de Carrie tá chegando e mal posso esperar para ler
Ana!
ResponderExcluirGosto muito de livros com esporte, sou fã e acompanho vários.
Tenho os outros livros da autora, mas ainda não li também (vergonha).
Já ouvi dizer que as personagens que ela cria são extremamente sensacionais.
cheirinhos
Rudy
Amei a resenha. Já li quase todos os livros da Taylor e acabei abandonado esse por sentir que não era o momento para ler. Quero muito ver a trajetória da Carrie e em ver a mágica da Taylor acontecendo novamente.
ResponderExcluirBeijos
https://www.dearlytay.com.br/
Ola
ResponderExcluirA personagem é amante de outro personagem ?
Sinceramente a trama não me atraiu. Gosto de esportes e as mulheres estão conquistando seus espaços sim .Já tem mulher narrando jogos O que dizer de nossa maravilhosa Marta? Dayane dos Santos ? No esporte tem homens e mulheres competindo.Temos a Rebeca arrebentando na Ginástica.
FELIZ 2023!
ResponderExcluirMuita saúde, força e fé!
cheirinhos
Rudy