Carol é uma mãe incrível para Katy. Faz comidas deliciosas, escolhe roupas para ela e seu marido, é uma decoradora de mão cheia e ótima amiga. Era a pessoa que tinha solução e resposta para tudo, mas que se foi e não ensinou a filha como viver sem ela. A pior parte nisso tudo é que as duas tinham feito planos de visitarem Positano na Itália, antes de tudo acontecer, e é assim que Katy parte sozinha para essa viagem.
Não somente ela sente falta de Carol, todos a sua volta estão inconsoláveis e isso a sufoca. De maneira muito egoísta Katy resolve se afastar. Afinal, era sua mãe, sua melhor amiga, sua alma gêmea. É claro que o sentimento dela é mais forte, mais importante. Então Positano foi o modo como ela achou para fugir de tudo que está ruindo, seu pai sozinho, Eric a esperando em casa, sua vida.
Mas para a surpresa de Katy, assim que chega no hotel Poseidon, já na Costa Amalfitana, ela vê Carol. Não sua mãe com aparência doente, como esteve nos últimos tempos, mas uma jovem que tem mais ou menos uns trinta anos, bronzeada e feliz. Ela sabe que é sua mãe, mas como isso é possível? Katy vê uma oportunidade de estar na cidade que a mãe tanto amava, com sua companhia.
Assim, a protagonista fica amiga de Carol e vai aprendendo muitas coisas com essa versão inexplorada da mulher, ainda livre e sem responsabilidades como mãe e esposa, uma versão diferente da pessoa que conviveu por tantos anos. Katy aprendeu receitas de família, notou que alguns hábitos sempre estiveram presentes, descobriu de onde veio o amor por Positano e decoração...
Ela também conhece Adam — um charmoso americano que está tentando comprar o hotel em que está hospedada e a encanta imediatamente —, Tony, Nika, Remo... Pessoas que a fazem repensar em tudo que já viveu até aqui, como é possível estar vivendo tudo isso ao mesmo tempo, e se vai mesmo voltar para casa, para Eric.
Um dos mais importantes desafios da vida é decidir a que se apegar e do que abrir mão. Não se engane acreditando que não sabe qual é qual. Siga seu coração, siga seu coração e ele levará você para casa — Rebecca Serle, pág. 263.
Apesar desse ser um livro sobre se encontrar, Um Verão Italiano é um livro também sobre luto. Sobre como as pessoas encaram isso de maneiras totalmente diferentes, mas que fazem sentido para cada um. Eu, por exemplo, achei Katy muito dependente da mãe e isso a torna meio babaca até, levando a protagonista a atos extremamente egoístas. Na visão de Katy ninguém sofre mais que ela nesse momento, nem o próprio pai que acaba de perder a esposa. Acho que isso foi o que mais me irritou, o modo descabido como ela enfrenta a situação.
Só que ao mesmo tempo eu entendi que isso é particular dela também. Com o passar dos dias em Positano, a própria Katy compreende que algumas coisas podem ter sido um exagero. E ela também enfrenta a mulher que a Carol foi antes da maternidade, com suas qualidades e defeitos, coisas que ela nem sabia que faziam parte da personalidade da mãe. Isso muda seu jeito de ver as coisas, mas até que isso acontece demora bastante e, por isso, não gostei tanto da protagonista. Dito isto, senti que a autora não conseguiu entregar com a profundidade merecida as questões sobre o luto, os relacionamentos, e até mesmo a jornada da Katy, justamente por causa de ações e escolhas da personagem.
Acredito que o ponto alto de Um Verão Italiano é a ambientação. Inclusive deu vontade de ir para Positano, já fiz até um roteirinho de viagem! A cidade parece mesmo muito bonita e mágica, e se você for lendo e vendo as fotos do lugares, com certeza vai entender o encanto que a Costa Amalfitana tem. Num geral achei um livro fácil de ler, não é um cinco estrelas, principalmente por causa do plot um tanto abrupto, mas certamente me marcou de uma forma gentil.
Que história!
ResponderExcluirFiquei bem curiosa para saber como esse encontro aconteceu.
Com certeza a ambientação é perfeita
Chelle, sei que você vai gostar! A solução da autora foi boa, e eu juro que só entendi quando ela mesma explicou kkkk
ExcluirEu adoro livros que te levam pra outro lugar e vc sente que ta junto tb e acaba querendo conhecer o lugar um dia. Sempre lembro dessa sensacao q tive com o anna o beijo frances. adorei demais.
ResponderExcluirE bora pra Itália! To doida pra ir pra lá e levar esse livro kkkk
ExcluirJá fiquei curiosa aqui por Positano, tarefa de procurar imagens desse lugar paradisíaco depois!
ResponderExcluirUma história que trata o luto, um tema forte, de uma forma até mais leve e casual. Gosto disso, pois deixa tudo mais fluído!!!
Como sabia pouco sobre a história, fique bem feliz em conhecer!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Não é um dos favoritos, mas gostei bastante dele. Vou manter na estante!
ExcluirOi Ana Clara,
ResponderExcluirLivros sobre luto são sempre difícies de ler para mim que já passei por perdas. Nem sempre os escritores conseguem explorar esse assunto corretamente. Acho que o fato dele usar algo irreal para lidar com sentimentos reais não deve ter sido muito bom.
Mas que bom que a cidade te encantou ^^
Bjos
Kelen Vasconcelos
https://www.kelenvasconcelos.com.br/
Jess!
ResponderExcluirO plot pode ser doloroso e difícil.
Entretanto, só a ambientação já dá a maior vontade de ler. A Itália tem lugares lindos.
cheirinhos
Rudy
O ambiente de Positano muda tudo. E juro que se você procurar as fotos dos lugares enquanto lê, melhora 200%!
ExcluirOi Ana, tudo bem?
ResponderExcluirNossa, entendi demais seus pontos sobre a protagonista. O pai dela perdeu a companheira de anos, e deixá-lo abandonado parece um pouco cruel, né? Entendo a dor dela, eu mesma passei por um luto assim, mas é nesses momentos que a família precisa se unir. Enfim... Achei muito legal que ela conheça a versão "jovem" da mãe e descubra essa mulher que ela foi. Nem sempre a gente imagina nossos pais como pessoas fora do papel de pais, né? Além disso, adorei a ambientação, sonho também em conhecer a Costa Amalfitana!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Olá
ResponderExcluirEu já vi outras resenhas desse livro e fiquei curiosa em saber como é esse encontro de mãe e filha no hotel Poseidon.Sem dúvida a autora construíu uma trama diferente para falar sobre luto e recomeço.
A solução a autora conta só no final. E pode ser meio óbvia pra algumas pessoas, mas juro que não desconfiei kkkk
ExcluirNão sei mas acho que eu choraria lendo esse livro...
ResponderExcluirNo final eu fiquei com essa sensação de que eu achava que ia chorar. Mas eu sou durona (mentira) e não cheguei lá.
ExcluirUma leitura fantástica para levar comigo nas férias!
ResponderExcluirBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Imagina levar esse livro pra Costa Amalfitana e tirar umas fotinhos dele lá? Seria tudooo
ExcluirIsso dela achar que ninguém é mais sofredora que ela é algo que me irritaria muito, o pior q muitas vezes quando alguém falece as pessoas não entendem que não é apenas você que está sofrendo, o seu sofrimento não é mais importante que os outros. Eu super entendo você não gosta dela pq eu realmente tbm não gostaria, iria me irritar muito... inclusive esse é um livro que quero muito ler, mas ainda to criando coragem.
ResponderExcluirhttp://www.seguindoocoelhobrancoo.com.br/
As primeiras 30 páginas são o que te fazem pensar onde foi que você se meteu kkkk mas depois vai ficando mais solto mesmo. Acho que vale a tentativa!
ExcluirJá li alguns livros que tem a Itália como cenário, porém nunca achei a ambientação tão boa. Achei o livro muito interessante.
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirOs livros da Paralela costumam ser tão rapidinhos de ler. Faz tempo que não pego um.
Esse me lembrou Amor e Gelato haha e lá também fiquei morrendo de conhecer partes do cenário italiano - até o cemitério.
Eu já li um livro dessa autora, lembro que na época não simpatizei muito. Mas gostei das coisas que li na sua resenha e darei uma chance assim que puder.
até mais,
Canto Cultzíneo
Oieeee,
ResponderExcluirEu conhecia o outro livro da autora, apesar de ainda não ter lido e lembro de promete a Ana que iria ler, socorro. kkkkkk (Amiga, prometo)
A trama parece ser bem interessante e bem profundo.. Essa questão de mãe e filha me atinge um pouco, talvez se eu ler acabarei sentindo a dor da personagem. Vou anotar pra ler..