Então, num belo dia, você entende: não é que você seja diferente das outras garotas. É que você nunca conheceu uma garota como você. Então você conhece aquela garota. E todas as músicas românticas começam a fazer sentido.
Tudo que Coley tem é sua bicicleta (que também aparece no vídeo). É com essa bicicleta que Coley sai, acaba sofrendo um pequeno acidente e conhece Sonya e seus amigos. Imediatamente Coley fica encantada por Sonya e sua "beleza inquestionável". O problema é que Sonya tem um relacionamento estranho com Trenton (o idiota que também aparece no vídeo).
Girls Like Girls tem aquela vibe romance de verão e história de primeiro amor, perfeito para ler na beira da piscina ou na praia. É bem juvenil, até mais do que imaginava. Isso torna a leitura fácil e rápida. Mas não pense que isso tira a profundidade da história, pois o livro aborda temas bem profundos e pesados, como saúde mental, abandono, solidão e relações parentais.
Às vezes fico com medo de me perder também. Ou de nem sequer chegar perto de me encontrar.
Eu gostei especialmente dos trechos que abordavam as relações familiares. A relação da Coley com seu pai é complexa e muito real, pois mostra um pai arrependido do erro que cometeu e uma filha magoada que não quer, e nem consegue, perdoá-lo.
Por outro lado, algumas coisas me incomodaram na história, como o excesso de comportamentos problemáticos envolvendo uso de álcool e outras drogas, e até roubo. Por ser um livro muito jovem, achei preocupante.
Sonya é uma personagem difícil de gostar e certamente muitos leitores terão problemas com ela. Particularmente, gosto de personagens reais e defeituosos. Então, apesar de achar ela bem chata em vários momentos, eu gostei de ela não ser perfeitinha.
Na verdade, todo mundo é meio chato nessa história. É um grupo de adolescentes bem estereotipados, amargurados, raivosos e rebeldes. Eu, com meus 30 anos, revirei os olhos algumas vezes. Mas sei que, antes dos 20, essas questões são realmente relevantes. Então, se for ler, vá com isso em mente.
Mas vale lembrar que nem tudo é drama adolescente nessa história. Como eu disse, as questões familiares são bem complexas e, talvez, tenham sido as minhas partes favoritas da leitura. Tanto a família da Coley, quando a família da Sonya, trouxeram questões bem interessantes. E todas as reflexões em torno da morte da mãe da Coley são bem fortes e tocantes.
Já o romance em si é legal, mas não tem nada que o torne marcante ou diferente. Coley só falta lamber o chão que Sonya pisa, enquanto Sonya está confusa e se descobrindo. O final é bem apressado, mas não chega a deixar o leitor com gostinho de quero mais.
No geral, eu gostei da leitura. Foi fluida, jovial e divertida. O romance responde questões que o clipe deixou e preenche todas as lacunas. Recomendo fortemente pra quem já era fã da música e do vídeo, mas recomendo também pra quem não conhecia a história e gosta de romances juvenis leves. A capa é linda e foi elogiada pela própria Hayley em seu Instagram. A arte é de Laura Athayde. Por fim, a diagramação é confortável e as letras são grandes (padrão Intrínseca).
Não conhecia esse música, achei interessante a autora transformar um clipe em livro, geralmente é o inverso que acontece comigo,as vezes leio um livro e fico imaginando cenas com os personagens
ResponderExcluirUma pena a autora ter exagerado em alguns aspectos do livro visto que é um livro juvenil.mss por outro lado ela aborda temas importantes como abandono, solidão saúde mental.
Eu precisei ver o clip duas vezes, adorei a canção, as cenas!!!Mas juro que como nunca tinha ouvido nadinha, foi uma linda surpresa saber que esse clip, já lindo, é agora apenas um pedacinho de um livro de mais de 300 páginas!!!
ResponderExcluirQue lindo tudo isso!!!
Juvenil e com questões muito interessantes sendo abordadas!
Claro que se puder, vou ler!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Não conhecia a música e nem o clipe...socorroooooo kkkk assim que terminar aqui vou assistir.
ResponderExcluirSiiimmm! Personagens descolada é presença certa nos livros juvenis.
Que ideia legal um clipe se tornar livro!